Os motivos relatados pelo ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, justificando sua saída do governo, no dia 24 de abril, ainda estão sendo analisados pelo Supremo Tribunal Federal.
Em linhas gerais, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de ter exonerado o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, sem a sua anuência, inclusive, falsificando sua assinatura.
Convocado para depor no STF na segunda (11), Maurício Valeixo, não fez declarações consideradas suficientes para caracterizar, de fato, a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Valeixo afirmou que o presidente o teria consultado sobre sua exoneração e sugeriu que fosse “a pedido”. Mas, ele não teria formalizado o pedido. Resta saber, então, o por quê o governo publicou no Diário Oficial da União a assinatura de Moro referendando a exoneração, segundo o ministro, falsa?
Se as acusações de Moro não forem comprovadas, o ex-ministro pode responder pelos crimes de calúnia e denunciação caluniosa.