O governo de São Paulo anunciou que o Estado retrocederá à fase vermelha, a partir da meia-noite do próximo sábado, dia 6, devido ao aumento de mortes, de casos de infecção e superlotação das UTIs que já prenunciam estado de calamidade.
A princípio, a medida valerá por duas semanas, a depender da evolução das internações e mortes. Nesta fase, apenas os serviços essenciais serão permitidos. No entanto, o governador insiste em deixar as escolas da rede estadual de fora desse cenário macabro, como se não houvesse relação entre “escola aberta – aglomeração – Covid-19”. O governo do Estado parece ignorar o aumento exponencial de infecções e mortes nas unidades escolares no retorno das aulas presenciais.
Os professores apontam que o governo não preparou as unidades, nem as condicionou minimamente, para receber milhões de alunos e milhares de professores e trabalhadores da educação. Ainda mais agora que as novas variantes da Covid-19 estão atacando jovens, entre 30 e 45 anos, além de serem mais agressivas.
Segundo o Sindicato dos Professores da Rede Estadual, APEOESP, a rede já contabiliza 1.780 casos de Covid-19, pós-volta às aulas presenciais. A mais recente, foi a morte (até o fechamento dessa matéria) do professor Rodrigo Andrade, de apenas 39 anos, em Cotia, região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira, 3. Ele trabalhou desde o primeiro dia da volta às aulas presenciais e permaneceu até o dia 23 de fevereiro, quando se afastou devido à doença.