A corrida para as eleições começa oficialmente hoje, dia 16 de agosto. Estão liberadas as campanhas dos candidatos e dos partidos nas ruas e na internet, que disputarão as eleições no dia 2 de outubro (primeiro turno). Já a propaganda eleitoral no rádio e na televisão terá início somente no próximo dia 26 de agosto. Começou, portanto, o vale-tudo pelo teu voto.

Serão exatos 46 dias para os candidatos ao Executivo e Legislativo pedirem o voto do eleitor, até o dia 1º de outubro. Está liberada a realização de caminhadas, carreatas com carro de som, distribuição de material de campanha, comícios e compra de publicidade paga nos meios de comunicação.

Apesar das ameaças, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garante que os brasileiros escolherão seus candidatos livremente e por meio do voto eletrônico. O TSE garante ainda que, quem ganhar o pleito, tomará posse. Se houver segundo turno, será realizado no dia 30 de outubro.

Cuidado!

Como chegou o grande momento de escolher os destinos do país para os próximos quatro anos, é preciso ter algumas questões bem claras: Primeiro, eleição não é loteria, não é jogo de azar, não é brincadeira. Segundo, eleição não é passar um papel assinado e em branco para aqueles que adoram “fazer política”. E, terceiro, é preciso entender o que é “política”. Ao contrário daqueles que pensam e dizem que “política” é a arte de “enganar”, na verdade, “política” é algo parecido com a arte de “administrar e melhorar a realidade em que se vive da melhor maneira possível”. Se é assim, então, para conferir a alguém esta função, você, eleitor, precisa levar em consideração exatamente a tal “realidade” e não o mundo fantasioso e encantado que vende a propaganda política em época de eleição.

A propaganda maquia, enfeita, distorce e até mente para conquistar o teu voto. Dessa maneira te induzem a acreditar em algo não verdadeiro e fora da realidade.

Na hora do voto, o(a) eleitor(a) deve se perguntar o seguinte: Como está a minha vida? Ela melhorou ou piorou nesses últimos quatro anos? Por que o aluguel, os preços nos supermercados, a gasolina, a luz, o gás, o material escolar, o remédio, aumentaram tanto e alguns candidatos insistem dizer que não se pode mexer na atual política econômica? Por que há tantos desempregados no país? Por que há tantos estabelecimentos comerciais, fábricas, agências bancárias, unidades de saúde e até escolas, fechadas?

O(a) eleitor(a) deve perguntar o por quê quase 700 mil pessoas morreram de Covid-19 em um país que já havia adquirido expertise em vacinação, mas, de repente, se viu impotente diante da pandemia. Não seria porque o governo negou no início a gravidade da doença, depois tentou empurrar remédio ineficaz, pra descobrir que a intenção era ganhar tempo pra descobrir alguém que pagasse propina para cada dose comprada?

O(a) eleitor(a) deve se perguntar também por que, diante de um quadro de miserabilidade em que vive o povão, o governo anunciou o fim do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 (no qual sempre foi contra) para depois das eleições?

Você, às vezes, bate no peito e diz que não gosta de política e não gosta daqueles que gostam de política. Saiba, no entanto, que são exatamente essas pessoas, as que gostam de política, é que vão comandar os destinos do país. Mas, por outro lado, se você tiver ciência da sua realidade e começar a entender o porquê é preciso uma nova política econômica e social, e que é preciso combater todas as formas de intolerância, certamente você não se deixará levar por decisões políticas equivocadas, absurdas, machistas, preconceituosas, excludentes, anti-povo que estão levando você e o país à falência e ao vexame.

Boas eleições.


 

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