Deputado Federal Alexandre Padilha concedeu entrevista à Revista Fórum e o CCN reproduz aqui.

 

A decisão da Agência Nacional de Saúde (ANS) de permitir reajuste no preço dos planos de saúde que ficaram suspensos entre setembro e dezembro deste ano, já causa movimentação de parlamentares. O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), protocolou um requerimento de informação e para uma audiência pública na Comissão Externa Covid-19 para discutir o aumento.

“Incompreensível, tanto do ponto de vista econômico quanto sanitário que em plena pandemia da COVID-19, a ANS realize tal política”, afirma Padilha na justificativa pelo pedido de audiência pública. “Com os números atingindo quase duzentas mil mortes por conta do Coronavírus, com a economia dilacerada e com níveis altíssimos de desemprego, o reajuste permitido pela ANS é um acinte e se soma a outras iniciativas do atual governo com clara matriz de necropolítica”, disse o deputado.

No requerimento de informação ao Ministério da Saúde, o parlamentar pergunta se houve um estudo preliminar do impacto social da medida e se o sistema de saúde pública está preparado para o impacto do reajuste, que provavelmente aumentará o número de pessoas sem cobertura privada.

“[O aumento dos planos] na prática resultará no aumento na seguinte proporção dos planos de saúde: Amil, 8,56%; Bradesco, 9,26%; Sulamérica, 9,26%; e Itauseg, 9,26%”, explica o parlamentar. A ANS autorizou os planos a cobrarem o reajuste retroativo em 12 parcelas. Dados da própria entidade mostraram que as empresas do setor triplicaram seu lucro entre o primeiro e o segundo semestre deste ano. A medida atinge planos individuais e familiares.


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