A nossa APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, está comemorando 78 anos! Foi fundada no dia 13 de janeiro de 1945, na cidade de São Carlos, como APESNOESP, representando inicialmente os professores do equivalente ao atual ensino médio.

Durante muitos anos a entidade defendeu professoras e professores, com ênfase quase exclusiva em aspectos assistenciais e jurídicos. De fato, na década de 1970, era muito mais conhecida pelo trabalho jurídico do que por qualquer ação reivindicatória ao governo estadual, no contexto da ditadura militar então em vigor. Porém, a base da categoria queria muito mais que isso. Assim, movimentos de oposição se unificaram e venceram a eleição de 1979. A então direção da APEOESP tentou impedir a posse, que foi garantida por liminar da justiça.

A primeira presidenta desta nova fase sindical e combativa da APEOESP foi Eiko Shiraiwa. Em sua gestão, o então governador Paulo Maluf tentou estrangular financeiramente a entidade, cortando o desconto em folha das mensalidades. A categoria atendeu ao chamado da diretoria e continuou contribuindo, derrotando o governo com a volta do desconto em folha. Essa é a marca da nossa APEOESP: ser sustentada voluntariamente por seus 189 mil associados, sem imposto sindical. Hoje, inclusive, apesar do desconto em folha, um grande número de associados paga suas mensalidades em carnês ou depósitos bancários.

Maior sindicato da América Latina, cresceu sob a direção dos presidentes Gumercindo Milhomen, João Felício, Roberto Felício, Carlos Ramiro de Castro (o saudoso Carlão) e também com minha contribuição na Presidência do sindicato pela quinta vez, sendo quatro consecutivas desde 2017, sempre pelo voto direto e secreto, com percentual acima de 50% dos votos válidos.

A APEOESP teve participação de protagonista nos mais importantes momentos da história do Brasil e do estado de São Paulo nas últimas quatro décadas, porque somos parte da luta por democracia e cidadania, pelo respeito à diversidade e pelo atendimento das necessidades dos segmentos sociais oprimidos. Neste momento, fazemos parte das manifestações pela garantia do estado democrático de direito e contra os ataques terroristas que pretendem criar o caos social para favorecer um golpe de extrema-direita.

Na defesa dos direitos da categoria e da qualidade da Educação, as escolas, as ruas e avenidas, as praças, o parlamento, o judiciário e tantos outros locais são nossos espaços de luta. Assim foi em 2015, na nossa histórica greve de 92 dias. Assim tem sido ao longo da história, foi nas recentes conquistas do fim do confisco salarial de aposentados e pensionistas e na prorrogação dos contratos da categoria O e está sendo na nossa luta por uma nova atribuição de aulas presencial, justa e transparente.

Tenho a honra e a satisfação de representar profissionais da Educação como Deputada estadual na ALESP. É verdade que recebi milhares de votos de outros segmentos sociais e defendo suas demandas. Mas a Educação continua sendo minha causa e minha motivação, pois ela é instrumento de mudança e de transformação.

Parabéns, APEOESP! Que venham muitas décadas mais de lutas e conquistas.