O Brasil atingiu, nesta semana, a inacreditável marca de 300 mil mortos pela Covid-19, com mais 12 milhões de infectados. O Sistema de Saúde está colapsado. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, não fosse a atitude genocida do presidente da República, Jair Bolsonaro. Há evidências diretas que comprovam a sua responsabilidade.

Desde o início, o presidente atuou, incansavelmente, seja por meio de declarações, medias provisórias, vetos e etc, para boicotar o combate ao coronavírus. O Brasil transformou-se no cemitério do mundo pela Covid-19.

Segundo estudos de especialistas da USP, o governo federal empenhou-se para disseminar o vírus e, assim, “retomar a atividade econômica o mais rápido possível e a qualquer custo”.

Um exemplo desse “trabalho a favor do vírus” foi a aposta na chamada imunização de rebanho.

As atitudes de Bolsonaro indicam que ele despreza a vida e, por isso, deverá explicar-se, um dia, na Justiça. Guarde bem esses fatos.

Eis as provas

Bolsonaro subestimou a pandemia de propósito ao difundir a ideia mentirosa de que a Covid-19 não era preocupante, já que, inevitavelmente, a maioria da população seria contaminada. Em março de 2020, disse: “Tá com medinho de pegar vírus? Brincadeira. E o vírus é uma coisa que 60% vão ter, ou 70%”.

Bolsonaro atacou as estratégias para conter o vírus, por isso, promoveu aglomerações sem usar a máscara, atacou prefeitos e governadores.

Bolsonaro sabotou o auxílio emergencial ao defender ridículos R$ 200, em 2020. Foi o Congresso Nacional que o obrigou a pagar R$ 600. Mas, insistiu na sabotagem, ao apresentar a PEC 186 que reduz novamente o valor do auxílio.

Bolsonaro atrasou o início da vacinação ao colocar as vacinas sob suspeita. Além disso, recusou oferta da Pfizer, em agosto de 2020, para adquirir 70 milhões de doses. Em outubro, mandou o ministério cancelar a compra de doses da Coronavac.

Bolsonaro cortou R$ 35 bilhões orçamento para a saúde pública no pior momento da pandemia, sujeitando-a ao teto de gastos.

Bolsonaro investiu recursos públicos em medicamentos sabidamente ineficazes contra a Covid-19, como a Cloroquina, a hidroxicloroquina ou a Invermectina.

Bolsonaro demitiu ministros que contrariavam suas determinações negacionistas e genocidas. Luiz Henrique Mandeta e Nelson Teich, ambos médicos. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, disse Teich, logo após ser exonerado. Na gestão do último ministro da Saúde, General Pazuello, que não conhecia o que era o SUS, as mortes pela Covi-19 explodiram em todo o País.

Bolsonaro atentou contra a vida de profissionais da saúde e pacientes ao recusar-se a trocar as máscaras ineficientes que estavam sendo distribuídas pela Anvisa; ao não agir rapidamente para abastecer os hospitais de Manaus, AM, de oxigênio ou suspender a compra de anestésicos necessários para intubar pacientes.

Bolsonaro vetou a distribuição de água potável, cestas básicas, materiais de higiene, limpeza e de desinfecção a indígenas e quilombolas, mesmo tento sancionado o PL 1142/20202, que os reconhecem como “povos tradicionais de extrema vulnerabilidade”. Foi preciso o Congresso Nacional intervir.

Bolsonaro tentou esconder informações  e confundir a população quanto a divulgação dos números que mostravam o genocídio em curso. Disse numa live, que os números divulgados eram “exagerados” e estimulou seus seguidores a invadirem hospitais para “constatarem a realidade com os próprios olhos”. Essa atitude levou a imprensa a constituir um consórcio para fazer sua própria contagem coletando diretamente os números com as secretarias estaduais da Saúde.


 

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