Pesquisas internas do próprio governo federal captaram uma queda de popularidade do governo Lula e apontavam três fatores determinantes inacreditáveis, todos eles fruto de notícias falsas.
O primeiro, é por uma imagem do avião presidencial repleto de cestas básicas, com a presença do presidente Lula, indo socorrer os gaúchos da tragédia que se abateu sobre o Estado. Bolsonaristas disseram pelas redes sociais que essas cestas básicas cabiam em uma camionete. E parlamentares da própria base do governo passaram a criticar Lula por não ter convidado, pelo menos, 40 deputados e senadores para demonstrar a unidade em torno da solidariedade ao povo gaúcho.
O segundo fator que teria provocado a queda de popularidade foi a fala do presidente Lula, segundo o qual “não sabia que no Rio Grande do Sul tinha tantos negros”. Uma frase tirada do contexto e, por isso, distorcida do seu sentido. A população negra do RS é constituída por 22% da população.
Por fim, acusaram Lula e a primeira dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, de estarem mais preocupados em salvar o cavalo Caramelo, do que a vida das pessoas. Pois é. Fizeram isso!
É preciso que se diga; não faltaram esforços, empenho e recursos do governo federal para a recuperação do Estado e a dignidade dos gaúchos. Vamos aos fatos.
O governo federal liberou e já começou a pagar o “Auxílio Reconstrução” no valor de R$ 5.100,00 para mais de 200 mil famílias para recomeçarem a vida. Já liberou também o FGTS no valor de até R$ 6.240,00 para quem tiver este saldo na conta. A Receita Federal incluiu 900 mil contribuintes do RS para a liberação imediata do Imposto de Renda, cujo valor poderá chegar a 1,1 bilhão de reais no primeiro lote, que será pago agora em 31 de maio. E ainda, o governo federal liberou em 9 de maio, R$ 50,9 bilhões para auxiliar famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios.
Essas chamadas “fakenews” (notícias falsas) são ardilosas, manipuladoras e, certamente, criminosas. E, por isso, devem ser combatidas com todo o rigor. Em contrapartida, tudo isso comprova que o governo federal deve agir rápido e de maneira muito mais profissional no que se refere à comunicação com a população brasileira. E aprender que para tratar o imaginário popular é preciso não ser amador ou principiante.
