Ainda em plena pandemia e com o Estado todo praticamente na fase vermelha, o governador de São Paulo, João Dória Jr., decidiu que as aulas na rede pública deverão voltar presencialmente, no próximo dia 8 de fevereiro.

Sem vacina para atender ao contingente de trabalhadores na Educação, sem contar pais, parentes e os próprios alunos, o sindicato dos professores do estado, a APEOESP, decidiu neste sábado, indicar o 8 de fevereiro como data para o início de greve da categoria. Sob o lema “Em defesa da vida, contra o retorno às aulas presenciais”, os professores vão referendar a greve em assembleia virtual que será realizada, dia 5. A entidade também aprovou um calendário de atividades até o início da greve: atos e carreatas regionais entre os dias 25 e 28 de janeiro e manifestação estadual no dia 29. A APEOESP realizará ainda uma campanha de esclarecimento e mobilização nas redes sociais.

A presidenta do Sindicato, professora Maria Isabel de Azevedo Noronha, que também é Deputada Estadual, afirmou que a pressão da entidade levou o governo a adiar o início das aulas para o dia 8, de forma não obrigatória, mas considera a medida “insuficiente, pois as escolas não apresentam as condições necessárias de segurança sanitária e protocolos de proteção à saúde e à vida das pessoas”, disse. “Só é possível pensarmos no retorno às aulas presenciais a partir da combinação de pelo menos três fatores: vacinação em massa dos trabalhadores em educação, já na primeira etapa; controle total da pandemia; e condições estruturais nas escolas”, relatou a presidenta da APEOESP.

“O ensino remoto, se não é o ideal, é a única forma de nos defendermos da pandemia neste momento, evitando um agravamento ainda maior”, disse a professora. Para a Deputada Estadual, Professora Bebel (PT), é uma vergonha que o Estado já tenha enterrado mais de 50 mil vidas durante a pandemia e a volta às aulas agora pode ter consequências gravíssimas.


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