Ao perceber que a água aproximou-se dos fundilhos, Bolsonaro tratou de negociar a sua degola com os deputados do chamado “Centrão”. Bloco político formado pelos velhos e carcomidos partidos, que têm em suas fileiras deputados que respondem a inúmeros processos na Justiça.

A velha política do “toma lá da cá” para salvar o governo está de volta. À frente dessa empreitada, Roberto Jefferson. O mesmo ex-deputado, pivô do escândalo de corrupção nos Correios e Telégrafos, em 2005, que, para se safar, acusou o governo Lula de promover um “mensalão”, sem nunca ter apresentado uma única prova. Acabou preso mesmo assim. De volta, Jefferson anda de braços dados com Bolsonaro e com um fuzil nas mãos. Fala em invadir o Congresso e o STF. 

Segundo informou o jornal Correio Braziliense, a primeira iniciativa de Bolsonaro foi aproximar-se das bancadas da bala e da bíblia, para tentar construir maioria a seu favor no Parlamento. Os ministros militares Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) concordam com essa tática.

Barganha

Consta na agenda de Bolsonaro, um “pequeno” aporte de R$ 71,8 bilhões para esses parlamentares se divertirem. Em troca, o arquivamento do processo de impeachment.

O centrão, é claro, já fez nomeações na “joia da coroa”, o Departamento de Obras Contra Secas (Dnocs), cuja indicação foi feita pelo deputado federal Sebastião Oliveria (PL-PE), investigado por desvio de R$ 190 milhões para a requalificação da BR-101, em Recife, PE.


 

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