Casos e internações por Covid-19 voltaram a subir nas últimas semanas em decorrência da circulação da subvariante da Ômicron. O estado de São Paulo está com a média mais alta de internações de casos suspeitos e confirmados em quatro meses, registrando 300 novas internações por dia, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Diante desse cenário, entidades médicas divulgaram notas de alerta para reduzir o impacto do aumento do número de casos e internações, como a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que orienta o uso de máscara, distanciamento social, em especial para as pessoas mais vulneráveis como idosos e imunossuprimidos, completar todo o esquema vacinal e a garantia de aquisição de mais doses da vacina e a inclusão da cobertura vacinal de crianças de seis meses a cinco anos sem comorbidades.
As entidades estão reforçando as orientações de prevenção porque, mais uma vez, Bolsonaro e seu governo não tomam nenhuma atitude e não lideram uma resposta de orientação e prevenção à população.
A subvariante está aumentando o número de casos de internações e o Ministério da Saúde continua não fazendo nenhuma campanha de vacinação nacional pedindo para que as pessoas se vacinem. Bolsonaro, então, nem se fala, desde sua derrota, está desaparecido.
Em mais de dois anos e meio de pandemia, o presidente nem ao menos se pronunciou em solidariedade às famílias das mais de 660 mil vítimas fatais da Covid-19, muito ao contrário disso, fez o Brasil se tornar referência em negacionismo científico. Não vai ser agora, depois de perder a eleição, que mostrará sensibilidade e vai orientar o povo brasileiro.
Para que possamos reduzir o número de casos, precisamos nos cuidar e cuidar das pessoas. As vacinas para as crianças a partir de seis meses de idade precisam ser liberadas com urgência para ampliarmos a cobertura vacinal. Também é preciso que se acelere a avaliação técnica com recomendações claras feitas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) das novas vacinas que estão disponíveis e que alguns países já estão utilizando.
Sou médico e tenho orientado que pessoas do chamado grupo de risco, idosos ou pessoas que possuem comorbidades voltem a usar a máscara para se proteger em ambientes fechados, como transporte público. Porque em saúde, antes de mais nada, o que importa é a prevenção e a precaução.
O Brasil e o mundo passaram por momentos muito difíceis em decorrência da Covid-19 e não queremos ver mais brasileiros e brasileiras acometidos por sequelas ou vindo a óbito pela doença.
Até onde se sabe, essa subvariante é de alta transmissão, mas não apresenta maior gravidade se completado todo o esquema vacinal, com inclusão das doses de reforço. Vamos voltar a fazer campanhas nacionais de vacinação eficientes, como sempre fizemos, e voltar a trazer mais saúde para os brasileiros e brasileiras.