Mal o presidente Bolsonaro apresentou Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação (na quinta, 25), para que cinco dias depois, os fatos desabonadores e graves ao seu respeito já o desqualificasse e o obrigasse a apresentar sua carta de demissão.

A história de Decotelli no curtíssimo tempo em que “ficou ministro” revelou um homem que parece ter se valido de irregularidades e mentiras para ascender no campo profissional.  

Decotelli mentiu compulsivamente em seu currículo para lhe dar uma qualificação que não tem. Mentiu ao dizer que é “oficial da reserva da Marinha”. Ele, na verdade, entrou na Marinha sem concurso, mas somente para prestar um serviço temporário, o que não lhe garante, por exemplo, remuneração na “aposentadoria”.

O agora ex-ministro, ao contrário do que diz o seu currículo, nunca foi professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele simplesmente dava aulas em cursos de formação de executivos, além de nunca ter sido “pesquisador” da FGV ou ter qualquer pesquisa financiada pela instituição. Além disso, pesou contra o ex-ministro o fato de ter cometido plágio em sua dissertação de mestrado. A FGV pode cassar seu diploma.

Decotelli não concluiu o doutorado pela Universidade de Rosário, na Argentina, como afirma em seu currículo. A informação foi desmentida pelo Reitor da Universidade, Franco Bartolacci.

Em decorrência da não conclusão do doutorado, Decotelli jamais poderia ter conseguido o pós-doutorado na Universidade de Wippertal, na Alemanha. Tanto, que a própria Universidade, em nota, divulgou que Decotelli não obteve nenhum título na Universidade, como afirma ter em seu currículo.

Agora, o Tribunal de Contas da União (TCU) investigará se a sua nomeação e o período em que esteve na Argentina foram custeados pelo erário público.


 

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