Há muito tempo, jornalistas especializados em analisar o dia a dia e os bastidores da TV vêm falando sobre uma grave crise financeira que se abateu sobre a Rede Globo de Televisão. Notícias sobre demissões e cortes de gastos na emissora eram frequentes. No entanto, nos últimos temos e, principalmente, com a chegada da pandemia pelo novo coronavírus, a crise agravou-se e a emissora iniciou, pelos menos, desde o início do ano, a maior onda de demissões e contenção de gastos da sua história.

Nem os chamados “grandes artistas” escaparam da tesoura. O pacote de cortes está embutido no projeto batizado de “Uma Só Globo” que, segundo a empresa, quer reformular e revolucionar as estruturas do Grupo, ao cortar gastos de alguns setores para investir em outros, como a Globoplay, que é paga.

Também sobrou para o setor de dramaturgia. Aliás, um dos mais afetados nessa reformulação. Com as interrupções das gravações das produções artísticas, a emissora aproveitou para não renovar mais contratos fixos, preferindo contratar artistas por obra.

A lista é grande e, segundo a Globo, vai ter mais nos próximos meses. O que chamou a atenção da imprensa foram alguns nomes consagrados para o grande público: Vera Fisher, Renato Aragão, Miguel Falabella, Stênio Garcia, Zeca Camargo, Otaviano Costa, José de Abreu, Bruno Gagliasso, Agnaldo Silva, Helena Ranaldi, Pedro Paulo Rangel, Carolina Ferraz, Bruna Marquezine, Reynaldo Giannechini, Débora Nascimento, José Loreto, Danielle Winits, Thiago Abravanel, Malvino Salvador entre outros. Mas não foram só os salários milionários que foram cortados. Junto com eles, a Globo também enxugou benefícios como férias, 13º, PLR, planos de saúde etc.

A Globo estima que a decisão de não renovar contratos com artistas e jornalistas deverá representar uma economia de R$ 120 milhões. Dessa forma, diz a Globo, terá fôlego para investir na Globoplay, em outras produções por multiplataformas e conseguir pagar o milionário complexo de estúdio que montou no Rio de Janeiro, o maior da América Latina e um dos mais modernos do mundo.

E nota, a Globo justifica-se afirmando que tem “evoluído nos nossos modelos de gestão, de criação, de produção, de desenvolvimento de negócios e também de gestão de talentos. Assim, em sintonia com as transformações pelas quais passa nosso mercado, a Globo vem adotando novas dinâmicas de parceria com seus talentos”. Então, tá!


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