As pesquisas de intenção de voto indicam a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro nas eleições, no próximo dia 3 de outubro. Indicam que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantem-se firme e forte. Mas, isso não significa que sua vitória esteja garantida. O fascismo tupiniquim de Bolsonaro não vai abrandar-se. Muito pelo contrario, assim como um animal acuado, Bolsonaro torna-se mais perigoso. Só que não!
Sabemos que amanhã, durante as comemorações do “7 de setembro”, o bolsonarismo vai apostar todas as suas fichas na mobilização do seu povo em grandes eventos em conjunto com desfiles militares, a pretexto de tentar manter o discurso, segundo o qual, a maior parte da população ainda o apoia, assim como as forças armadas. As duas coisas não são mais verdades. Nem a população e nem as forças armadas estão com o futuro ex-presidente, mas Bolsonaro não vive de realidade e sim de narrativa. Ele precisa de imagens que sustentem seu discurso ameaçador às eleições.
E, provavelmente, Bolsonaro tentará isso amanhã, discursando para o seu eleitorado. Dirá que o “7 de setembro” é prova de que existe uma ampla maioria da população que o apoia.
Coloco-me entre àqueles que não se deve deixar abalar com isso. Para a maioria da população, assim como agentes políticos importantes, o entusiasmo de uma minoria barulhenta não intimida as vésperas de uma eleição.
Isso é o que nós sabemos. Mas ainda persistem dúvidas quanto a existência de um “plano por de traz do 7 de setembro”. Alguns especulam uma espécie de facada 2.0! Só que, desta vez, não seria um “ataque” ao Bolsonaro, mas atentados contra os participantes dos atos para atribuir a culpa às organizações de esquerda.
Como o próprio órgão de inteligência federal já vem apontando para essa possibilidade, é difícil de imaginar que as hostes bolsonaristas mantenham essa estratégia. Qualquer acontecimento amanhã ficará na conta de Bolsonaro para a maior parte das pessoas.
Não devemos ter medo do “7 de setembro”. O bolsonarismo só deve fazer mais do mesmo.
