Certamente, você leitor, deve ter um parente, um vizinho, um conhecido ou até mesmo deve ser um dos milhões de brasileiros que ainda não conseguiram receber os R$ 600,00 de auxílio emergencial para manter-se vivo, neste período de pandemia.

A situação financeira, dificuldades de ter um plano de internet, idade avançada ou profissão em caráter precário. Tudo isso, dificulta a solicitação do auxílio. As desculpas e justificativas são abundantes, mas, o fato é que, inúmeras famílias não podem esperar os acertos burocráticos da Caixa Econômica ou qualquer outra razão.

As pessoas ainda têm dúvidas de como receber o auxílio ou como sacar o recurso, além da demora da Caixa em aprovar o pedido, o que acaba incentivando as pessoas a formarem filas nas agências bancárias e contribuir para aglomerações, tão repudiadas nessa pandemia.

Há pessoas ainda que não sabem que têm o direito ao auxílio e, por isso, não fizeram a inscrição.

O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União estão abarrotados de queixas sobre essas dificuldades. A CEF, por sua vez, garantiu que tudo se resolveria, após cinco dias, do pedido do auxílio. O que não acontece em muitos casos.

O MPF chegou a argumentar que a base de dados do governo federal não é atualizada e, portanto, não retrata a realidade dos brasileiros. Além disso, muitos pedidos são negados porque outro membro da família já teria sido contemplado, mesmo endereço para famílias que moram em casas diferentes (no caso das pessoas que moram em comunidades ou na zona rural).

O leitor deve estar se perguntando, se demora tanto tempo para o dinheiro chegar na mão do pobre, por que chega tão rápido na mão do banqueiro? Esse ano, o governo já injetou R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro. Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já fala em reduzir o auxílio para R$ 200. O ministro diz que não dá para garantir ajuda ao povo. “Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha”. Querido leitor, o vagabundo é você!


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