Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o 39° presidente da República. Eleito neste 30 de outubro de 2022, com 60.345.999 votos (50,90%), Lula derrotou Jair Bolsonaro (PL) que recebeu 58.206.354 votos (49,10%). A diferença apertadíssima foi de 2.139.645 votos.

A aliança de partidos políticos em torno da candidatura Lula, batizada de Coligação Brasil da Esperança, reuniu 10 partidos, inclusive, antigos adversários políticos. Todos, irmanados em luta contra o fascismo e a barbárie protagonizada pelo outro candidato e seus seguidores.

Lula fez dois discursos logo após receber os resultados das urnas. O primeiro, formal e lido para a imprensa nacional e estrangeira, num hotel. O outro, diante de quase 1 milhão de pessoas que se concentraram na Av. Paulista para ouvi-lo.

Lula focou em ambas as falas no compromisso em defesa da democracia contra o autoritarismo, o combate à fome e a retomada do desenvolvimento com inclusão social da população.

Lula, a coligação Brasil da Esperança e milhões de brasileiros enfrentaram nestas eleições a máquina pública e o poder econômico arregimentados pelo outro candidato. Além da indústria das notícias falsas, a ação indiscriminada e criminosa da coação de eleitores vindas de empresários e da própria estrutura estatal como a ação muitíssimo mal explicada da Polícia Rodoviária Federal – que, no dia da votação, bloqueou estradas, principalmente no Nordeste, onde Lula tinha maior apoio eleitoral -  e episódios de violência política, racista, homofóbica e terrorista praticada em todo o Brasil por bolsonaristas.

A partir da dia 1° de janeiro de 2023, Lula encontrará um país destroçado. Muito pior do que o encontrou em 2002. Hoje, são mais de 33 milhões de pessoas passando fome, outras 115 milhões com algum grau de insegurança alimentar. São milhões de desempregados, a indústria e o comércio desaquecidos e o endividamento chega a quase 80% das famílias.

A esquerda e todos os democratas, com Lula à frente, terão que remar tudo de novo. Em dois mandatos (2003 a 2010), Lula erradicou a fome, universalizou o acesso às universidades, ampliou o emprego, reduziu a pobreza (promovendo a ascensão de mais de 42 milhões de brasileiros à classe C), fez o país crescer a índices de primeiro mundo (o Brasil ocupou a 6ª ou a 7ª posição no ranking mundial das maiores economias e hoje está em 13° lugar), ampliou as políticas sociais. O poder de compra dos brasileiros aumentou, o salário mínimo fortaleceu-se e os trabalhadores de modo geral tinham aumento real de salários. Lula saiu da presidência da República, em 2010, com avaliação popular de 87% de “ótima e boa”.

No entanto, por tudo isso, Lula foi vítima de uma das maiores perseguições políticas já registradas na história brasileira. Foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro (no caso do tríplex do Guarujá), sem nunca o Ministério Público Federal ter comprovado. Mesmo assim, o ex-juíz Sérgio Moro (que se tornou ministro de Bolsonaro) condenou Lula a 9 anos de prisão para retirá-lo das eleições de 2018. Enquanto isso, a extrema-direita nacional e internacional, com a ajuda de grande parte de mídia brasileira, construíram a candidatura fascista de Jair Bolsonaro.

Felizmente, a farsa foi descoberta. Lula foi libertado, após passar 580 dias numa cela da Polícia Federal, em Curitiba, PR, e em seguida, inocentado de todos os 26 processos que passou a responder.

Ao retornar triunfalmente, Lula iniciou um processo de articulações políticas com amplas camadas da população brasileira para derrotar o fascismo que estava nascendo.


 

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