Em menos de duas semanas, o mundo dos famosos perdeu três grandes artistas. No dia 7, o ator Eduardo Galvão; dia 14, o vocalista da banda Roupa Nova, Paulinho; e neste domingo, dia 20, a atriz Nicette Bruno. Todos vítimas da Covid-19.

O falecimento da atriz Nicette Bruno, 87 anos, internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá, no Rio de Janeiro, foi confirmado pelo hospital por volta das 13h20 deste domingo. A atriz era casada com o também ator Paulo Goulart, falecido em 2014. Ambos conheceram-se no palco, quando Paulo foi fazer um teste de elenco para uma peça que estrearia no Teatro Alumínio, em São Paulo, administrado por Nicette.

Nicette Bruno começou sua carreira no teatro aos 14 anos e se destacou na TV com personagens marcantes, como a Dona Benta, do ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’. As novelas ‘Mulheres de Areia’, ‘Rainha da Sucata’ e ‘Sete Pecados’ também estão em seu vasto currículo.

Ao longo da carreira, ganhou o Prêmio Molière de melhor atriz por “O Efeito dos Raios Gama sobre as Margaridas do Campo” (em 1974) e o Prêmio Shell na mesma categoria por “Somos Irmãs” (de 1988).

No início da pandemia, Nicette estava para estrear a peça “Quarta-feira, sem falta, lá em casa” no Rio, ao lado de Suely Franco. O espetáculo acabou adiado por conta das restrições para combater a Covid-19.

Seu último trabalho foi uma participação na novela “Éramos Seis”, como Madre Joana.

Em maio, Nicette fez uma live com as atrizes Eva Wilma e Léa Garcia. Na ocasião disse que estava sofrendo muito com as mortes de colegas artistas como os atores Flávio Migliaccio e Dayse Lucidi e o compositor Aldir Blanc.

Nicette cumpria a quarentena à risco e só se comunicava com os filhos pelas redes sociais. “Com esse isolamento vamos aprender muito sobre nós mesmos. Vamos fazer reflexões e ver o que temos que mudar em nós para nos tornarmos pessoas melhores. Precisamos enxergar o outro. Eu sempre fiz isso, mas é uma dica para quem está ouvindo. Vamos nos preocupar com o próximo. Tenho esperança e fé que isso vai passar. Vamos estar diferenciados e melhores”, disse em entrevista ao programa Encontro com Fátima Bernardes.

Paulinho

Já o cantor Paulo César Santos, o Paulinho, vocalista do Roupa Nova, morreu no dia 14, aos 68 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Copa D'or, na Zona Sul do Rio, onde fazia tratamento para se recuperar de complicações da Covid-19.

Paulinho foi diagnosticado com coronavírus enquanto se recuperava de um transplante de medula óssea que havia feito em setembro para tratar um linfoma – no procedimento, foram utilizadas as próprias células do paciente, que respondeu bem ao tratamento. No entanto, em novembro, ele precisou ser novamente internado, desta vez com Covid-19.

Nascido no Rio em 1952, Paulo César Santos se apresentava em bailes cariocas antes de se juntar à banda “Os Famks”, nos anos 1970. Mais tarde, a banda mudou de nome e, já nos anos 80, tornou-se definitivamente, “Roupa Nova”.

Sua voz se tornou uma das principais marcas da banda. Paulinho faz os vocais principais em hits como "Canção de verão", “Sensual”, “Volta pra mim”, “Asas do prazer” e “Meu universo é você”. Também foi autor de músicas como

 “Assim como eu” e “Fora do ar”, ao lado de outros integrantes.

Com Serginho Herval, Kiko, Nando, Ricardo Feghali e Cleberson Horsth, ajudou a transformar o Roupa Nova em fenômeno já no início dos anos 80. O grupo se consagrou a partir do segundo disco da carreira, lançado em 1982, com a clássica “Clarear”, que se tornou tema da novela “Jogo da vida” (TV Globo).

Eduardo Galvão

O ator Eduardo Galvão, de 58 anos de idade, morreu na noite de segunda-feira (7) após dias hospitalizado por conta da Covid-19. O ator estava internado na UTI do Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.


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