Apesar dos insistentes pedidos de diversas entidades do movimento popular da Capital, apesar dos pedidos, inclusive, do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que adiasse a votação, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta segunda-feira, 26/06, por 44 votos a favor e 11 contra, o novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da Cidade.
Os pedidos de adiamento justificavam mais debates entre vereadores, sociedade civil e especialistas sobre o Plano, devido à sua complexidade e as mudanças significativas que irá, certamente, afetar a vida de todos os moradores da cidade. A revisão do Plano Diretor altera o zoneamento da cidade e seguirá assim até 2029, quando, novamente, será regulamentado.
Com a aprovação, está permitida a construção de prédios cada vez mais altos, a dispensa de estudos de impacto ambiental e estímulo à circulação de carros entre outros problemas. Os movimentos populares dizem que o texto aprovado só interessa às construtoras.
A tramitação foi questionada pelo Ministério Público, que entrou com uma Ação Civil Pública pedindo a suspensão do processo. Mas, o pedido foi negado pela justiça paulista.
Além da polêmica que o PDE trouxe à cidade, uma situação inusitada aconteceu durante as votações na CMSP; a bancada de 8 vereadores do PT rachou quanto a essa questão. Verificada a votação nominal, 5 votaram a favor e 3 contrários.
O ex-subprefeito da Cidade Tiradentes na gestão Marta Suplicy, João Galdino, escreveu ao CCN Notícias para comentar esse imbróglio.
Racha no PT da Capital
“Foi muito desolador assistir ao grande lobby do mercado imobiliário interferindo politicamente na gestão municipal e na CMSP para mudar o PDE ao bel prazer dos seus interesses.
O PT da Capital foi débil politicamente em capitular e ver a maioria da bancada do Partido defender, articular e votar a favor do desmonte do Plano Diretor Estratégico construído com muito esmero, em 2014, na gestão do então prefeito Fernando Haddad.
O PDE foi fundamental para as diretrizes do crescimento sustentável, com revitalização do centro, desenvolvimento regional com garantia de moradia popular.
Três vereadores do PT, além de toda a bancada do PSOL, votaram contra o projeto. Os vereadores João Ananias, Hélio Rodrigues e Luna Zaratttini.
Como votaram os vereadores
VOTARAM NÃO - 11
PSOL
Celso Giannazi
Elaine do Quilombo Periférico
Jussara Basso
Luana Alves
Silvia Ferraro
Toninho Vespoli
PT
Hélio RodrigueS
João Ananias
Luna Zarattini
PSB
Eliseu Gabriel
NOVO
Cris Monteiro
VOTARAM SIM - 44
PSDB
Aurélio Nomura
Beto do Social
Fabio Riva
Gilson Barreto
João Jorge
Rute Costa
Sandra Santana
Xexéu Tripoli
UNIÃO BRASIL
Adilson Amadeu
Eli Corrêa
Milton Leite
Ricardo Teixeira
Rinaldi Digilio
Rubinho Nunes
Sandra Tadeu
PT
Alessandro Guedes
Arselino Tatto
Jair Tatto
Manoel Del Rio
Senival Moura
MDB
George Hato
Janaína Lima
Marcelo Messias
Marlon Luz
Nunes Peixeiro
Republicanos
André Santos
Atílio Francisco
Fernando Holiday
Jorge Wilson Filho
Sansão Pereira
PSD
Coronel Salles
Edir Sales
Rodrigo Goulart
PODEMOS
Danilo do Posto de Saúde
Ely Teruel
Milton Ferreira
PARTIDO LIBERAL
Isac Félix
Thammy Miranda
PP
Bombeiro Major Palumbo
Avante
Camilo Cristófaro
PTB
Paulo Frange
PV
Roberto Tripoli
PSC
Rodolfo Despachante
Solidariedade
Sidney Cruz