Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, está mesmo fazendo o maior sucesso em todo o mundo. O filme foi indicado, nesta quinta-feira, 23, pela primeira vez na história do cinema nacional, a concorrer na principal categoria do Oscar 2025; a de Melhor Filme. “Ainda Estou Aqui” concorre também a Melhor Filme Internacional e a atriz Fernanda Torres, a Melhor Atriz.

Após o anúncio, Fernanda Torres, emocionada, celebrou em suas redes sociais. “A vida presta, e muito. Confie! Beijo imenso”.

O ator Selton Mello, que interpreta o ex-deputado federal Rubens Paiva no filme, comemorou às indicações ao Oscar; “entramos para a história para sempre”.

O presidente Lula também comemorou o feito; “A turma de ‘Ainda estou aqui’ já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, MELHOR FILME. Quanto orgulho! Beijo para Fernanda Torres e Walter Salles”, publicou o presidente.

Enquanto isso em São Paulo...

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes,, que deveria ser o primeiro a investir cada vez mais em cultura, é investigado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) por ter excluído 30 coletivos culturais, todos da periferia de São Paulo, do Edital da Lei Paulo Gustavo, em outubro do ano passado. O interessante é que a justificativa para a exclusão contraria o que está determinado no próprio Edital formulado pela Prefeitura.

Como se não bastasse, o vereador recém eleito, Nabil Bonduk, denuncia em suas redes sociais o total abandono do Museu do Jaçanã. Criado por Sylvio Bittencourt, e hoje, sob responsabilidade da Prefeitura, está “desmoronando”. Segundo o vereador, o museu reunia peças que contavam a história do bairro e também da estação do Jaçanã, que foi parte do trajeto do famoso bondinho da Cantareira — o “trem das onze”, que virou um ícone da música brasileira. Adoniran Barbosa, que ficou eternizado pela canção, frequentava a região, onde chegou a ser figurante em filmes nos anos 50 e 60.
“Infelizmente, hoje, o museu está desmoronando, invadido e com grande parte de seu acervo desaparecido. Relíquias que pertenciam à história do bairro, como o chapéu de Adoniran, já não estão mais aqui. O que poderia ser um espaço de preservação e memória está sendo destruído, e com ele, parte da nossa história”,
diz Nabil.

São duas visões sobre o mesmo tema; a Cultura. Quando há investimento, há vitórias a ser colhidas. Quando há desprezo e abandono, todos perdem.