Segundo as pesquisas de intenção de votos, com variações mínimas de percentual, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva está muito perto de vencer o páreo já no 1º turno das eleições. Faltam, no máximo, 2% dos votos para que o ex-presidente liquide a fatura em 2 de outubro. A possibilidade da candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo sair-se vitoriosa no 1º turno também é muito alta.
Com as candidaturas presidenciais estacionadas em baixíssimos patamares, Ciro Gomes e Simone Tebet não conseguem convencer o eleitor sobre suas propostas. Ciro, ao contrário, perde-se na verborragia e não fala para o povão, além de atacar Lula, como se fosse cabo-eleitoral de Bolsonaro. Nesta quarta-feira, 15, parece ter “jogado a toalha”, quando afirmou que “se não for eleito, deu pra mim”. Talvez, seja reflexo das primeiras defecções de apoiadores históricos que anunciaram migração para a campanha de Lula, o que vem provocando um racha dentro do partido. Já ventila-se fortemente o chamado voto útil em Lula nas redes sociais.
Na verdade, esse movimento político dá sinais de que a vitória de Lula no 1º turno será determinante para evitar que haja quaisquer tentativas de “virada de tapete” nas eleições. A ex-presidenta Dilma Roussef, em entrevista aos jornalistas Marcelo Auler e Dafne Ashton, da TV 247, disse que é preciso “uma vitória sólida e robusta” para tornar qualquer tentativa golpista “inócua” e, mais importante ainda, “derrotar a aliança entre o neoliberalismo e o neofascismo”. Em outras palavras, ficar neutro, anular o voto ou não votar numa situação como essa (entre a democracia e o fascismo) é ser conivente com a barbárie.
E mais...
Para o historiador Fenando Horta, Lula vencer no 1º turno significaria obter mais força política para se impor à ganância do centrão; desfazer as reformas de Temer e do próprio Bolsonaro. Significaria não aceitar a violência como forma de prática política e um mês a menos para especulação dos bilionários bolsonaristas sobre os recursos do governo.
O historiador ainda lembra que uma vitória de Lula no 1º turno brecaria qualquer tipo de privatização que pudesse estar em curso ainda neste ano, além de dar fim a especulação de Paulo Guedes e a manipulação dos índices econômicos já em outubro. Significaria um alento e uma esperança àqueles que passam fome, estão endividados e não têm emprego.
Significa estancar e reduzir o desmatamento na Amazônia. Significa, ainda, que Lula já poderia viajar pelo país e entrar de corpo e alma no segundo turno nos Estados para eleger candidatos progressistas.