O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores de São Paulo e ex-ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula, Luiz Marinho, publicou em suas redes sociais um pedido para que a militância do PT mobilize-se quanto à importância das investigações que a CPI, instalada nesta terça-feira, 27 de abril, terá para investigar a condução do enfrentamento à pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro. Diz Marinho que a CPI “promete trazer revelações que deixarão estupefatos brasileiros e brasileiras”.
Marinho diz que, talvez, a mais impactante seja o porquê o governo federal recusou-se a comprar vacinas em dezembro de 2020. Cerca de 70 milhões de doses de vacinas da Pfizer, não compradas naquela ocasião, seja uma das principais causas do Brasil estar tão atrasado na vacinação.
Marinho acredita também que a CPI investigará o estímulo de Jair Bolsonaro às aglomerações (o que infringe claramente as medidas sanitárias) e a reincidência no cometimento do crime. Segundo o ex-ministro, que é bacharel em direito, “a cumulatividade amplia significativamente a pena a ser aplicada. O crime está caracterizado no artigo 28 do Código Penal e tem pena prevista de detenção de até um ano”, diz.
O ex-ministro também lembra das determinações do presidente da República quanto “ao uso indiscriminado de medicamentos sabidamente ineficazes no enfrentamento ao coronavírus, à propaganda escancarada nas lives e pressões sobre profissionais de saúde, também ferem o Código Penal”.
Por fim, Luiz Marinho aponta que a CPI também deve se debruçar sobre o porquê o estímulo ao não uso de máscaras, falsas dúvidas sobre a eficácia das vacinas, a falta do oxigênio nos hospitais de Manaus.
Para Marinho, “Bolsonaro tem a ver com tudo isso. Ele foi eleito para proteger o povo brasileiro e não está fazendo. Aliás, governa com a covardia com que sempre agiu em toda a sua vida”.