Apesar do registro de algumas falhas operacionais, o metrô da cidade de São Paulo é considerado um dos transportes de massa mais eficientes do mundo pela quantidade de passageiros que atende e pela qualidade dos serviços.

No entanto, nas obras de expansão das linhas, sobretudo a do monotrilho, aliás um transporte de média capacidade, há exemplos que demonstram improvisos e falta de planejamento.

É o caso da ausência de passarela para que os passageiros possam fazer o percurso entre a Estação São Mateus da Linha 15-Prata e o Terminal de Ônibus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos-SP) com segurança e conforto.

Diferentemente das estações Vila Prudente e Sapopemba, que contam com conexões para pedestres, não se sabe ao certo o motivo dessa ligação ter sido esquecida em São Mateus.

Inaugurada em fins de 2019, a Estação de São Mateus é a segunda mais movimentada da Linha 15-Prata do monotrilho.

Ela é vizinha do Terminal da EMTU que recebe não somente as linhas do corredor ABD (Santo André, São Bernardo e Diadema), mas abriga pontos de embarque e desembarque de diversas linhas municipais com destino a vários bairros da região.

Apesar da distância entre os dois modais não ser tão extensa, os passageiros são obrigados a caminhar ao relento, sob chuva ou sol, para alcançar o interior do terminal e vice-versa.

No ano passado, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que a obra de ligação é de responsabilidade da Metra, concessionária que administra o corredor ABD. A passarela seria uma das contrapartidas da renovação por mais 25 anos do contrato do Corredor.

E aqui cabem perguntas. Por que o projeto não sai do papel?

Com tantos atrasos na expansão do monotrilho e demora de mais de sete anos para inaugurar a Estação São Mateus, não houve tempo suficiente para estudar e incluir essa importante ligação?

O curioso é que há na parede da estação uma abertura circular que sugere uma futura saída/entrada em direção ao terminal.