Números alarmantes vindos dos EUA e Alemanha dão uma indicação do que o Brasil pode esperar para esse final de ano. Nesta quinta feira, duas das maiores economias mundiais mostraramm os dados econômicos do segundo trimestre e, como era de se esperar, tiveram retrações históricas.

O PIB dos EUA recuou 9,5% em relação ao primeiro trimestre, enquanto o da Alemanha recuou 10,1% em relação ao mesmo período. A retração é assustadora e incomum até em comparação com outros períodos de recessão e conta com o agravante de que embora esteja avançada a produção de uma vacina, é improvável sua aplicação em massa neste ano. Ou seja, ainda estamos sofrendo os efeitos econômicos da pandemia e continuaremos sofrendo até o final do ano. O caso dos EUA ainda é pior do que o da Alemanha devido a falta de controle do vírus em vários Estados e o crescente número de infectados.

Para o Brasil, é esperada, pelo Ministério da Economia, uma retração de 7,5% para o segundo trimestre, o que já nos colocaria em recessão. Existem divergências entre a previsão do mercado e a do governo quanto à retração ao término do ano. Enquanto o governo divulgou a previsão de retração de 4,7%, o mercado espera algo em torno de 6% a 10%. Em ambos os casos, o Brasil teria sua maior recessão das últimas décadas.

Para os próximos meses, alguns fatores podem pesar ainda mais para a queda do PIB: o agravamento da pandemia causando uma nova política de endurecimento da quarentena e o fim do auxílio emergencial previsto para setembro. Com esses dois fatores ocorrendo de forma simultânea, existe a possibilidade um segundo semestre ainda pior que o primeiro.


 

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