Representações da comunidade LGBTQI+ foram à Av. Paulista, no último domingo, protestar contra a violência, a intolerância e contra todos os tipos de preconceito que sofrem no País.
A manifestação, que teve como lema “Pela Vida, Trabalho, Vacina e Educação”, foi por conta do Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, lembrado em todo o mundo, nesta segunda feira, 17 de maio. Manifestação que, no país de Bolsonaro, torna-se uma missão urgente e trágica, já que o Brasil de hoje, é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o país que mais discrimina e mata pessoas LGBTQI+ no mundo. Em 2020, 175 pessoas foram assassinadas somente por reconhecerem-se travestis e transexuais.
A data é uma referência da luta pelos direitos da comunidade, uma vez que coincide com o dia em que a OMS deixou de considerar, em 17 de maio de 1990, a homossexualidade como doença. O CCN Notícias acompanhou as manifestações.
Os protestos recaíram sobre a agressividade da sociedade e o descaso do Estado que não se empenha em atribuir políticas públicas que atendam às necessidades da comunidade LGBTQI+, que cresce a cada ano. Há falta de vontade dos legisladores que sempre impõem dificuldades em criminalizar a LGBTfobia, apesar do Estatuto de Combate ao Racismo prever sanções e punições severas contra o crime. Mas, na prática, há pouco reconhecimento do Estado ao exercício da cidadania. As pouquíssimas políticas públicas existentes (e que precisam ser defendidas) foram elaboradas e aprovadas no governo Lula.
Segundo a Secretária Estadual LGBTQI+ do Partido dos Trabalhadores, Bel Sá, “o Brasil tem hoje um presidente que é, além de genocida, homofóbico, misógino e racista. Desde que assumiu a presidência, a violência contra nós vem aumentando. Bolsonaro já imitou gente morrendo por asfixia, por falta de oxigênio, disse não se importar com as mortes que ocorrem por conta da Covid-19 e que quem protesta, faz mi-mi-mi”, lembrou a dirigente petista.
Já o militante LGBTQI+, André Beneit, é preciso lutar para que se mantenham os direitos da comunidade. Para ele, os protestos servem como alerta à em relação ao novo prefeito Ricardo Nunes (MDB), segundo ele “muito conservador em relação aos Direitos Humanos”.
*Walmir Siqueira é do CCN Notícias