A Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil (AFUB), urnas funerárias, está preocupada com o aumento do número de mortes por Covid-19 e alerta que os fabricantes em todo o Brasil já estão passando por dificuldades com a produção de caixões devido à escassez e aos reajustes de preço das matérias-primas. A informação é do Correio da Bahia.

Diz a AFUB que algumas fábricas estão encerrando as atividades. “O problema é nacional”, alerta a associação, em comunicado enviado ao mercado funerário. “Deverá haver restrição de modelos e o fornecimento é incerto”. O presidente da AFUB, Antônio Marinho, disse que acreditava no início da regularização no abastecimento dos insumos, mas, com o avanço do número de mortes, o cenário tornou-se crítico e pior que o do ano passado. “As matérias-primas oriundas de commodities são tratadas como ‘jóias raras’. A especulação faz com que tenhamos aumentos sucessivos e sem garantia de fornecimento, principalmente quando falamos de Aço, Madeira, MDF e produtos químicos. Estes vêm sofrendo reajustes massivos e o seu abastecimento é incerto”, informa Marinho.

Em São Paulo

Segundo o diretor Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), João Batista Gomes, no caso da Capital, o fornecimento das urnas vem, na grande maioria, do interior do Estado e, por enquanto, segundo ele, “o estoque está garantido”. Em relação aos trabalhadores da Funerária, “a situação está bem difícil”, mas segundo o dirigente, o Sindicato conseguiu garantir o fornecimento de Equipamentos de Proteção (EPIs) para os trabalhadores. “O que falta ainda é mão de obra”, diz. “A Autarquia contrata sepultadores terceirizados para substituir o pessoal afastado, aqueles com mais de 60 anos e com comorbidades, mas com ritmo lento”. O dirigente informa que o Sindicato também garantiu por hora a vacinação aos trabalhadores dos cemitérios, velórios, cremadores e motoristas (terceirizados), “resta, agora, aos demais”, completou.


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