Os preços continuam em alta nos mercados e isso fez com que o Banco Central (BC) alterasse a estimativa do IPCA, que mede a inflação, de 1,83% para 3,13% para o ano de 2020 e de 2,94% para 3,23%, em 2021. Ou seja, meta de 4%, está cada vez mais próximo.
As justificativas dadas pelo governo para esse aumento da inflação continuam sendo as mesmas: o governo argumenta que a maior procura internacional por “commodities” (matérias primas, em inglês) está fazendo com que o preço suba no mercado interno e o auxílio emergencial também está pressionando os preços para cima, aumentando a procura por produtos alimentícios. Essas são explicações deles. Nos resta esperar para ver se os preços vão cessar seu crescimento no decorrer de 2021.
Para a população mais pobre, a inflação está sendo mais dura, visto que está incidindo, sobretudo, em gêneros alimentícios que ocupam uma parte do orçamento familiar das classes sociais médias e baixas. Com a promessa do governo de que este fenômeno é passageiro, o Brasil segue sem tomar nenhuma atitude contra a inflação, e o começo de 2021 deve mostrar o quanto os preços deverão ou não continuar subindo.