O governo do presidente Lula entrou em seu segundo ano. Num gesto simbólico importante, o presidente, juntamente com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou as grades que cercavam a suprema corte brasileira, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, sinalizando que o Brasil suplantou a tentativa de golpe que ocorreu em 8 de janeiro de 2023.

É fato que a democracia no nosso país ainda é frágil, mas vem se fortalecendo contra os grupos liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que atuam nas redes sociais para tentar desacreditar as instituições, o governo e, também, a educação, taxando escolas e universidades de centros de doutrinação da esquerda, da inexistente “ideologia de gênero” e outras invencionices estapafúrdias.

Os ataques à democracia, além disso, são muito concretos. O Ministério Público Federal, o STF e a Polícia Federal estão desbaratando o que está sendo conhecido como “ABIN paralela”, um sistema de espionagem montado durante o governo Bolsonaro para vigiar inimigos, adversários e até mesmo aliados! No centro desse esquema, de acordo com as investigações, podem estar o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e assessores diretos de Bolsonaro. Até mesmo o próprio ex-presidente pode ter envolvimento direto.

Vivemos uma conjuntura de transição. Após sete anos de governos destrutivos, não é fácil o processo de reconstrução do país. Metade do déficit nas contas públicas, estimados em R$ 247 bilhões, é composta por dívidas deixadas por Bolsonaro.

Se, no plano federal, temos um governo de reconstrução, no Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas continua praticando o desmonte dos serviços e do patrimônio público, marcas registradas do governo ultraliberal do qual participou. O governador acaba de anunciar que a segunda etapa da reforma administrativa que está preparando visa fechar órgãos e empresas públicas. A aprovação da privatização da SABESP na Assembleia Legislativa, em dezembro, com violência policial e distribuição de emendas a parlamentares, mostra que está disposto a tudo. A nós, cabe lutar e resistir.

O Governo do Estado está fazendo agora com os professores temporários no processo de atribuição de aulas é uma desumanidade. Classificação errada, restrições de todo tipo, recusa em prorrogar os contratos, deixando quase 50 mil professores sem salários durante dois meses. O descaso é total com a educação estadual.

Para nós, a educação deve estar no centro da atividade governamental e nas prioridades da nossa sociedade. O Brasil tem um enorme déficit educacional e o Estado de São Paulo, o mais rico e populoso da Federação, deveria ser exemplo de qualidade e inclusão. Não é?

Em Piracicaba, nosso mandato popular assumiu protagonismo na luta por uma universidade pública federal no desativado campus Taquaral da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP. Queremos que o governo federal ofereça alternativa de ensino superior de qualidade para a juventude de Piracicaba, da Região Metropolitana e de todo o estado. Nessa luta, estou solicitando mais uma reunião com o presidente Lula e sei que ele será sensível a este pleito, pois é o presidente que mais fez pela educação brasileira.

O Brasil já mudou com o presidente Lula e mudará ainda mais. É essa mesma mudança que queremos para a nossa querida Piracicaba e para todo o Estado de São Paulo. As eleições municipais deste ano são um importante momento para iniciarmos essas mudanças. Como deputada e como pré-candidata à prefeitura, estou de corpo e alma disponível para este desafio.