Segundo a imprensa divulgou no último dia 31 de outubro, 40 ocorrências de tentativas de homicídio, agressões e ameaças foram identificadas contra candidatos a vereadores ou a prefeitos nessas eleições, em 17 estados. A maioria dessas ocorrências tinha como alvo, candidatos do PT e do PSOL.
O candidato a vereador pelo PT em São Paulo William De Lucca, recebeu ameaças de morte em suas redes sociais, nessa quarta-feira, 11. De Lucca é militante LGBT e disse que vai processar os agressores.
Patrícia Borges, colaboradora da campanha da candidata à vereadora Erika Hilton (PSOL), foi agredida a golpes de barra de ferro e mordidas, também nessa na quarta, em plena Avenida Paulista. Patrícia, militante transexual, foi agredida quando distribuía material de campanha por uma mulher que não teve sua identidade revelada.
O também candidato a prefeitura de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, José Mello (PT), foi vítima de agressão verbal e de disparos por um homem identificado como Jhoy Oliveira, conhecido militante bolsonarista nas redes sociais.
No Piauí, o candidato a vereador, Well Lima, pelo PT, foi vítima de atentado motivada por homofobia, dia 13 de outubro. Em Nuporanga, interior de São Paulo, a presidenta do PT local foi alvo de ataques. A sede estadual do PT em Goiânia também.
As agressões também foram contra militantes do PSDB, como o ocorrido em São Vicente, litoral do estado, quando a candidata à prefeitura, Solange Freitas foi alvo de um atentado a tiros, também nessa quarta. A pessoa que fez os disparos estava em uma motocicleta, usava capacete e conseguiu fugir. A candidata passa bem.
A violência física contra a oposição, principalmente, contra militantes LGBT+, é inaceitável e deve ser repudiada. As divergências políticas não podem se tornar oportunidades para a violência física e a tentativa de eliminação do adversário. Essas atitudes são incentivos a uma escalada autoritária, perigosa e sem precedentes contra a democracia.