Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nessa segunda-feira, dia 9 de novembro, dá conta que o Brasil de Dilma Rousseff, que estava entre as seis maiores economias do mundo, com o golpe de Estado, em 2016, arquitetado pelo PSDB e MDB, e depois, com Jair Bolsonaro, despencou para a 12ª posição.
A conclusão é do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os estudos comprovam que a agenda imposta ao país com o objetivo de abrir setores estratégicos da economia para estrangeiros, além de cortar direitos e investimentos, criminalizar a classe política e fazer a população enxergar o setor privado como solução para a saída da crise, fracassou.
A recessão já bate às portas, com 4,8%, em 2020, 13 milhões de desempregados e 40 milhões na informalidade, sem direitos trabalhistas e com chances quase nelas de se aposentar. A inflação ronda novamente o bolso do brasileiro e o país voltou ao Mapa da Fome. Sem falar da crise gerada pela pandemia do Covid-19 que já vitimou mais de 160 mil brasileiros.
Não há quem invista num país com um mercado consumidor que se tornou tão fragilizado. Mas, Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes e todos aqueles que até discordam de como o presidente conduz a política, como a Rede Globo e a velha direita enraizada no Centrão, no PSDB e no MDB – apostam cegamente na atual condução da política econômica.
Não há alternativa, senão iniciar, daqui a quatro dias, um caminho mais sólido rumo à Democracia, à soberania nacional, à unidade política contra a mentira, a discórdia e o fracasso político e econômico vigentes. E a virada começa agora, pelas eleições municipais. É preciso dizer em voz alta nas urnas o quanto a população quer rechaçar o atraso, a submissão e o obscurantismo que quer fincar seus pés na prefeitura de São Paulo.
O CCN Notícias acredita que é necessário e urgente o país constituir uma ampla frente democrática para que seja possível recuperar os direitos consagrados na Constituição Federal; o direito à moradia, ao trabalho, à saúde e à educação, entre outros. É inaceitável, diante de tanta riqueza, a convivência com a miséria, com a fome, com atraso tecnológico, com o preconceito, o machismo, o estupro, a violência gratuita, a ideias retrógradas e cientificamente descartadas. A desigualdade social provocada pela péssima distribuição de renda e de oportunidades deve ser combatida com todas as forças.
Nas eleições de domingo, dois projetos distintos de cidade estão em disputa. De um lado, a proposta da continuidade do aprofundamento das desigualdades e as consequentes mazelas que o povo enfrenta há muitos anos. Esta proposta dividem-se em duas candidaturas: a primeira, a candidatura de Celso Russomanno, representante de Bolsonaro em São Paulo, e a segunda, sob a égide dos tucanos que deflagraram o golpe de Estado em 2016 e mergulharam o país no caos, representada pela candidatura de Bruno Covas.
De outro lado, as candidatura progressistas de Jilmar Tatto (PT), Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB), ainda que este flerte com a centro-direita, mas sabe ouvir as ruas.
Nós, progressistas, devemos nos insurgir nestas eleições contra a resistência das elites que não admitem, seja por questões éticas e morais, ou por razões econômicas e de poder, a ascensão do pobre aos melhores meios e condições de vida.
A união entre as forças progressistas não acontece, necessariamente, com a rendição desta em detrimento daquela. As forças populares devem marchar unidas e com diálogo constante. Seja agora, no próximo domingo, dia 15, seja daqui a dois anos. Ainda dá tempo. Um consumidor fortalecido, fortalece o mercado que faz a economia e o país crescerem. Só não vê quem não quer.
Atualizado, dia 11, às 10h57