Aliado de Bolsonaro, a candidatura de Celso Russomanno (Republicanos) à prefeitura de São Paulo vem derretendo a cada pesquisa de intenção de voto publicada. A última Data Folha (22/10) aponta que sua indicação caiu de 27% para 20% dos votos, sendo ultrapassado por Bruno Covas (23%). Bastou o paulistano novamente tomar ciência sobre o que faz Russomanno para mudar de opinião. É a terceira vez que ele se candidata à Prefeitura e em todas às vezes, surge como líder nas pesquisas mas, ao longo das campanhas, a intenção de voto diminui na mesma proporção em que cresce sua rejeição.

Denúncias

Desta vez, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação contra Russomanno pela prática de calúnia, extorsão e formação de quadrilha por ter sido acusado de embolsar, em 2015, um dinheiro de uma indenização que deveria ser repassado a um cliente. O candidato teve ainda contas bancárias bloqueadas em quatro instituições, penhorado nove carros e um imóvel em Itanhaém. Para quitar uma dívida de aluguel não paga (entre fevereiro de 2015 a agosto de 2016), que chega a R$ 7,1 milhões. Russomanno não teria pago também o IPTU desse período e os últimos seis meses da conta de luz, que somou R$ 149 mil.

A defesa alega, na acusação de formação de quadrilha e extorsão, que o advogado que entrou com a ação no MP não tem provas do que diz e está “querendo aparecer”. Na segunda ação, Russomanno alega que a assinatura dele e da esposa foram forjadas no contrato de aluguel do imóvel, onde funcionou ao Bar do Alemão, em Brasília, do qual o candidato foi sócio do empresário Augusto Mendonça Neto que confessou à Operação Lava Jato ter repassado R$ 60 milhões em propina.

Quando o candidato é questionado sobre porque permaneceu como sócio-administrador do Bar do Alemão se houve fraude para incluí-lo como fiador, o candidato nega-se a responder e fica nervoso.