Aproximadamente 150 milhões de brasileiros foram às urnas neste domingo, dia 15 de novembro, votar para prefeito e vereador em todo o país. Com exceção de Macapá, capital do Amapá, que teve as eleições adiadas devido ao apagão elétrico.
Estas eleições caracterizaram-se também por ter sido realizada em plena pandemia da Covid-19, em que 165 mil brasileiros já perderam a vida.
Foram registrados 537.656 candidaturas, 8,1% a mais do que em 2016. Dessas, 19.348 a vagas de prefeitos e 518.328 concorrem a mais de 58 mil vagas nas câmaras municipais. Desse total 357.003 (66,4%) são homens e 179.577 (33,4%) são mulheres.
Apesar da ameaça do presidente Jair Bolsonaro em questionar a urna eletrônica (um dos orgulhos nacionais), a primeira eleição sob a presidência do Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, foi marcada pela extrema lentidão na divulgação dos votos vindos dos Tribunais Regionais. Diferentemente das eleições passadas, quando os TREs faziam as apurações e a divulgação dos votos (repassando os resultados ao TSE), dessa vez, Luis Barroso centralizou tudo em suas mãos. Conclusão, sobrecarga no supercomputador do TSE inviabilizou a divulgação com a costumeira rapidez que eleitor estava acostumado. Somente, por volta da meia-noite, os votos foram liberados. ainda não tinha a totalidade dos votos. O jeito foi eleitor buscar as informações nos TREs, por meio de aplicativos.
Vale lembrar que logo pela manhã, o TSE foi alvo de ataques de hackers que sobrecarregaram o sistema de votação. Mas, a situação foi contornada. Luis Barroso insistiu que a lentidão no supercomputador do TSE não tinha a ver com o ataque frustrado de manhã.
Compra de votos
Por falar em ataques, o Ministério da Justiça havia registrado 194 crimes eleitorais, logo no primeiro boletim sobre as eleições. A maior parte dos registros foi de compra de votos; caso do vereador e candidato à reeleição, Milton Leite (DEM) que teria distribuído cestas básicas na Vila Dionísia, aqui na Zona Norte. Ele nega. Mas a ação foi registrada e divulgada nas redes sociais. Para receber as cestas, moradores eram ‘convidados’ a assinarem papéis com informações do título de eleitor. Tudo foi devidamente registrado. A denúncia foi feita pela candidata a vereadora pelo PT, Vivi Mendes, que é advogada criminalista. A candidata que caracterizou o ato como “compra de votos”, protocolou notícia-crime contra o vereador na Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral.