O Partido dos Trabalhadores completa 43 anos. Tenho orgulho de ser filiada ao nosso partido desde a juventude e de ser hoje deputada estadual pelo PT, eleita com mais de 155 mil votos para o segundo mandato na Assembleia Legislativa.
O PT nasceu como resposta à necessidade de representatividade política da classe trabalhadora e dos segmentos oprimidos da população brasileira. Sua existência foi possível graças à liderança de Luiz Inácio da Silva, o Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e expoente do novo sindicalismo que enfrentava de peito aberto a ditadura militar. Lula se uniu a outros sindicalistas, lideranças populares e personalidades de esquerda para fundar, em 8 de fevereiro de 1980, aquele que hoje é o mais importante e popular partido da nossa história.
Aqueles que querem a permanência da desigualdade estrutural no nosso país logo disseram que o PT não iria durar. O partido, porém, enfrentou todos os obstáculos – que não foram poucos - cresceu e se fortaleceu. Vieram as calúnias, as campanhas de descrédito. Fakenews contra o PT não são novidade. Mudaram os métodos de sua disseminação e hoje as redes sociais são amplamente utilizadas para tentar destruir a organização e a luta dos trabalhadores e o estado democrático de direito.
Tantas vezes a burguesia e seus arautos decretaram a morte do nosso partido e erraram. Erraram porque, como disse o presidente Lula no momento em que decidiu se entregar para cumprir a injusta e ilegal pena a que fora condenado, “somos uma ideia”. E uma ideia não se prende, não se destrói. Nossa ideia se espraia entre pessoas que querem um grande futuro para a nação brasileira. E esse futuro da nação significa vida digna para o povo, soberania perante as demais nações, uma existência fundada na igualdade e na solidariedade.
Por isso fizemos a resistência ao golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff. Se fomos derrotados num processo viciado e montado sobre falsas acusações no Congresso Nacional, mantivemos nossa cabeça erguida, certos de a verdade voltaria à tona nos anos seguintes. Hoje são poucas as pessoas que ousam contestar de que se tratou mesmo de um golpe destinado a impedir a continuidade do nosso governo e a pavimentar o caminho para a retomada do poder por parte da direita. Erraram a mão e quem chegou ao governo foi a extrema-direita representada por Jair Bolsonaro.
A trajetória do presidente Lula é exemplar do que é a trajetória do PT. Não fugiu do país frente à injustiça de sua prisão. Ficou para desmascarar a desonestidade de seus algozes e a farsa do processo. E conseguiu. Seus 570 dias na prisão foram acompanhados, dia e noite, por milhares de militantes na Vigília da Resistência, em Curitiba. Assim, como verdadeiros companheiros e companheiras, mantivemos acesa a chama da luta por um Brasil melhor durante os quatro longos anos do bolsonarismo.
O PT assumiu no dia primeiro de janeiro seu quinto mandato na Presidência da República. O presidente Lula subiu pela terceira vez a rampa do Palácio do Planalto nos braços do povo, derrotando Jair Bolsonaro e o fascismo. Que melhor presente poderia haver às vésperas dos 43 anos do nosso partido?
Entretanto, são grandes as ameaças. Não apenas contra Lula e o PT, mas contra a própria democracia. Os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília mostraram a que ponto podem chegar os terroristas da extrema-direita. Demonstraram também que os momentos difíceis exigem uma liderança capaz, carismática, competente, preparada para lidar com a adversidade e, sobretudo, com profundo compromisso com o povo brasileiro. As qualidades pessoais do presidente Lula são inquestionáveis, mas é preciso ter em conta que a seu lado ele tem o programa do PT, milhares de lideranças partidárias altamente qualificadas e uma militância de milhões de companheiras e companheiros que representam a alma e a potência desse partido extraordinário.
Parabéns ao PT e parabéns a cada um e cada uma que fazem do nosso partido esse patrimônio da classe trabalhadora e do povo brasileiro.