Nesta sexta-feira, 18 de março, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, esteve em Águas de S. Pedro para realizar uma reunião com dirigentes de ensino.
Estive no Centro de Convenções, para onde a reunião fora convocada, acompanhada de diretores e conselheiros da APEOESP e de outros professores para entregar ao secretário um ofício com as reivindicações da categoria, entre elas o reajuste de 33,24%, retirada do PLC 3/2022 ("nova carreira") e o fim do vergonhoso confisco salarial de aposentados e pensionistas.
O secretário não esteve no Centro de Convenções. Soubemos que estaria na Escola Estadual Ângelo Franzin, onde haveria uma segunda atividade, e para lá nos dirigimos. Qual não foi minha surpresa ao, novamente, ter minha entrada barrada com truculência no prédio de uma escola pública estadual.
Sou deputada estadual e tenho mandato legal do povo paulista para fiscalizar o poder executivo. Não posso ser proibida de entrar em prédio público do Estado de São Paulo. Sou também presidenta da APEOESP e represento professores das redes oficiais de ensino. Não queríamos tumultuar, mas sermos ouvidos e protocolar nosso documento. Por isso, não desisti. Enfrentei a barreira de funcionários e entramos. Finalmente, protocolei o documento em mãos do secretário.
São Paulo precisa ter um governo que não criminaliza seus servidores e representantes, que não os trate como intrusos em seus próprios locais de trabalho. Que não mande projetos que mexem com as vidas de todas e todos sem antes dialogar. Que não confisque parte dos baixos salários de aposentados e pensionistas. Enfim, que não destrua nem privatize serviços públicos essenciais como saúde e educação, além de outros também importantes.
No dia 16 de março, sob fortíssima chuva, mais de 25 entidades do funcionalismo, articuladas pela APEOESP, lideraram uma caminhada com mais de mil servidores, estudantes e representantes de movimentos. Nesta semana, estaremos na Assembleia Legislativa para lutar contra os projetos que nos prejudicam e para obtermos o reajuste de 33,24% que nos é devido, pois se refere ao piso salarial profissional nacional.
Na terça-feira, 22 de março, às 14h30, no auditório Paulo Kobayashi da ALESP estaremos reunidos em audiência pública para debater essas questões e continuar nossa luta. Fica aqui o convite a todas e todos.