Estamos no Natal, época em que o espírito de solidariedade aflora com mais vigor nas pessoas de bom coração, preocupadas com a coletividade, com os menos afortunados, e não apenas consigo mesmas.

Neste ano, o Natal ganha um significado ainda mais vivo para nós, cidadãs e cidadãos brasileiros: a Esperança.  Sim, assim mesmo, uma Esperança maiúscula e motivadora; Esperança do verbo “esperançar”, como nos ensinou o mestre Paulo Freire. Não a Esperança dos que apenas esperam, mas a Esperança dos que fazem acontecer.

E o povo brasileiro fez acontecer algo de que tantos duvidavam e outros tantos não desejavam: derrotou nas eleições o extremismo destruidor de um governo reacionário e violento. Agora é preciso, com nossa solidariedade e nossa Esperança, derrotar a herança nefasta que ele deixou em muitos segmentos do nosso povo. E o faremos com perseverança, com paciência e também com luta e realizações que, confiamos, o novo governo, liderado pelo nosso presidente Lula, concretizará.

O Brasil precisa alimentar os famintos, dar oportunidades aos milhões que estão marginalizados, recuperar o caminho para uma educação pública de qualidade, investir para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos melhores do mundo, mas que foi abandonado por um governo que não dá valor à vida das pessoas e que permitiu que tivéssemos praticamente 700 mil mortes por Covid-19. Nosso país precisa recuperar o respeito e a tolerância como valores básicos da democracia. Aliás, precisa recuperar a própria democracia, tão atacada nesses últimos seis anos.

Para mim, o Natal convida a pensar na família, nas pessoas próximas, na comunidade e, sobretudo, a pensar como podemos contribuir para melhorar a vida de todas e todos. Eu escolhi o caminho da militância sindical no movimento dos professores. Pela vontade da minha categoria e de tantos outros segmentos sociais com os quais pude trabalhar nesses mais de 30 anos de militância, hoje estou cumprindo meu papel como deputada estadual, reeleita com honrosos 155.983 votos, pelos quais agradeço a cada um e cada uma que aprovou o meu trabalho e me confiou mais quatro anos de mandato.

Há muitas outras formas de atuação na sociedade.  O exercício ético e correto de cada profissão é uma forma de fazer avançar o nosso país para um futuro no qual a ciência, a tecnologia, o conhecimento, não sejam atacados e rejeitados, mas que sejam apropriados por todas as pessoas. Porque uma nação só progride verdadeiramente se todos progredirem com ela. O presidente Lula e a presidenta Dilma tiraram o Brasil do mapa da fome e Lula voltará a fazê-lo.

Invoco o espírito natalino também às pessoas que não concordam com minhas palavras, não para que pensem como eu, mas para que se permitam refletir para encontrar dentro se si o significado de seus próprios sentimentos e desejos, verificando se eles correspondem de fato à sua expectativa de vida em sociedade. Não devemos resistir às mudanças, se essas mudanças ecoam dentro de nós como luz na escuridão. Resistir ao que nos faz bem por convicções que já não fazem sentido é morrer um pouco a cada dia. Todos nós mudamos ao longo da vida. E mudar para melhor é fazer jus ao verdadeiro espírito natalino.

Desejo a todas e todos, portanto, um Natal de harmonia, de paz, de boas reflexões, preparando-nos para a retomada de um caminho novo, certamente difícil e desafiador e, com mais certeza ainda, pleno de realizações. Feliz Natal!!!