Na última semana, o Brasil sofreu o maior ataque direto de um presidente estrangeiro, com o anúncio do tarifaço de 50% sobre importações brasileiras que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende aplicar, a partir de primeiro de agosto.
O ataque é ainda mais grave se considerarmos que o motivo alegado por Trump - por meio de uma carta ao presidente Lula divulgada em rede social - é a suposta e fantasiosa "perseguição" ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo processado por tentativa de golpe e acusado de uma série de crimes, com amplo direito de defesa. O presidente estadunidense também alega déficit na balança comercial com o Brasil, o que não é verdade, já que a balança gerou um déficit de US$ 400 bilhões ao Brasil, em 15 anos.
O presidente Lula informou que o Brasil tentará negociar, recorrerá à Organização Mundial do Comércio, mas, se necessário, aplicará a lei da reciprocidade e taxará os produtos americanos também em 50%.
Donald Trump ataca a soberania brasileira quando tenta interferir na nossa política interna e quando tenta desqualificar nosso sistema de justiça. Ele o faz solicitado e incentivado por cidadãos brasileiros que merecem ser classificados como traidores da Pátria, processados e julgados como tal. É escandaloso que Eduardo Bolsonaro permaneça nos Estados Unidos articulando ataques estrangeiros contra o Brasil, financiado por Bolsonaro com dinheiro de origem duvidosa. E o que dizer do governador Tarcísio de Freitas?
O que tem a dizer o governador paulista aos empresários e à população, considerando que o estado de São Paulo é um dos maiores exportadores de produtos brasileiros para os Estados Unidos e que o tarifaço provocará grandes danos: menos lucros, desemprego, queda na produção etc. Tarcísio se alinhou completamente à campanha eleitoral de Trump e comemorou efusivamente sua eleição, com bonezinho e tudo. Até o momento parece mais aprovar do que desaprovar a medida. Lamentável. Esse é o "patriota" que governa São Paulo e quer governar o Brasil.
Esse mesmo grupo detém maioria no Congresso Nacional e se opõe à isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, taxação de 1% de brasileiros ricos, fim da escala 6X1, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, isenção de energia elétrica para 40 milhões de famílias e outras medidas. Ocorre que essa maioria parlamentar foi colocada lá pelo povo e cabe agora ao povo impor sua vontade. E, em 2026, eleger outra maioria, comprometida com a classe trabalhadora e os interesses populares.
Os brasileiros precisam dar a importância devida a quem os representa no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, nas Câmaras Municipais. A juventude é muito importante neste processo de renovação. Chega de votar em lacradores da internet, que representam os interesses dos ricos e que nada farão para quem trabalha, mora na periferia, sofre violência policial e não acesso a serviços públicos de qualidade. Os trabalhadores devem prestar muita atenção à trajetória dos candidatos e candidatas que se apresentam nas eleições. As eleições de 2026 estão se aproximando e a escolha está em nossas mãos.
O Brasil é a décima economia do mundo e hoje preside o BRICS e o Mercosul. O Brasil é nação soberana. O Brasil é dos brasileiros e precisamos que o presidente Lula seja reeleito em 2026 para que assim continue.