Há muito tempo, o Brasil não via uma sucessão de boas notícias como temos tido nos últimos tempos.

Quando lutamos pela eleição do presidente Lula, não foi somente porque era preciso retirar do governo alguém que estava destruindo o nosso país, embora isso já fosse razão mais do que suficiente. Foi, sobretudo, porque sabíamos que o nosso presidente faria um governo tão bom quanto os anteriores, de 2003 a 2010. E está fazendo mesmo.

Uma boa notícia é que tudo indica que a população brasileira poderá saber, finalmente, quem são os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro. A determinação do presidente Lula e o trabalho do ministro da Justiça, Flávio Dino, por meio da Polícia Federal e órgãos competentes, está tirando o véu de impunidade que cobre esse crime e que visa proteger com certeza pessoas poderosas e inescrupulosas.

Outra boa notícia diz respeito à economia brasileira e à vida do nosso povo. Depois de muitos anos apartado dos fóruns internacionais de política e economia, nosso presidente e seus ministros voltaram a colocar o nosso país no centro da cena mundial, ao mesmo tempo em que, internamente, sucessivas medidas vêm sendo tomadas para recolocar a economia nos eixos, para que gere emprego, renda e melhores condições de vida aos brasileiros.

A aprovação do arcabouço fiscal, o encaminhamento da reforma tributária, assim como uma série de outras políticas permitiram a expressiva redução nos preços dos alimentos e outros produtos de primeira necessidade, a redução do preço do dólar aos mais baixos patamares em muitos anos, altas sucessivas e consistentes na bolsa de valores de São Paulo, redução nos preços dos combustíveis, queda dos índices de inflação, anúncios de planos de investimentos e instalação de empresas estrangeiras no Brasil (tanto no setor industrial, quando no de serviços) e outros sinais de efetiva melhora no quadro econômico do país.

Esse cenário levou a agência de classificação de risco Fitch, uma das três mais importantes do mundo, a elevar a nota de crédito do Brasil, sinalizando aos investidores e empresas internacionais que há consistência e ambiente seguro para seus aportes financeiros no nosso país. Isto ocorre um mês após outra importante agência, a Standard & Poor's já ter alterado a avaliação do Brasil de estável para positiva.

Na tentativa patética de desqualificar o governo Lula, algumas personalidades ligadas ao derrotado governo bolsonarista falam que o nosso presidente tem “sorte”. É evidente que não é sorte e sim competência, porque há mais de seis meses este governo vem construindo um caminho de progresso para o Brasil, em meio ao caos que foi herdado.

Quero destacar aqui que a agência Fitch também alterou a sua projeção de crescimento do nosso Produto Interno Bruto (PIB) de 0,7% para 2,3% em 2023, aproximando-se da projeção do governo brasileiro, que é de 2,6%. A agência argumenta que “ainda não estar claro se eles podem avançar uma agenda econômica forte o suficiente para conseguir isso”.

É preciso reconhecer que temos ainda um longo caminho a percorrer. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressalta que há muitos desafios a enfrentar nos próximos meses e que o próximo ano será chave para a economia brasileira. Um desses desafios, sem dúvida, será obter a redução da estratosférica taxa de juros de 13,75%, que não se justifica sob nenhum ponto de vista, a não ser a intenção do presidente do Banco Central, Campos Neto, de prejudicar o desempenho da nossa economia por razões políticas.

Aliás, este senhor tem a pretensão de colocar a gestão das reservas cambiais do Brasil, da ordem de US$ 350 bilhões, que são resultado dos primeiros governos Lula e Dilma e do trabalho do atual governo, nas mãos de bancos e agências privadas, inclusive estrangeiras. Espero que exista meio legal de impedi-lo cometer esse verdadeiro crime contra o nosso país.

Enquanto recebemos essas boas notícias na esfera federal, aqui em São Paulo o governador Tarcísio de Freitas parece fazer questão de confrontar e tomar decisões contrárias. No mesmo momento em que o Ministério da Educação anunciou a desmontagem do programa de escolas cívico-militares (que desvia recursos públicos da educação básica para um tipo de formação escolar que contraria os princípios da Constituição Federal), o governador anuncia que manterá o programa. Lutaremos contra a destinação verbas da educação para isso. Se os militares querem esse tipo de formação, que seja feita com recursos da área.

O governo federal fortalece o setor público, enquanto Tarcísio planeja privatizar totalmente a SABESP, a CPTM, o metrô. Lula aumenta verbas para a saúde e recompõem os orçamentos da educação e o governador quer reduzir as verbas da educação de 30% para 25% do orçamento estadual. Lula investe na reforma agrária, enquanto Tarcísio que legalizar a entrega de terras do Estado para latifundiários e agronegócio.

Precisamos urgentemente de boas notícias também no estado de São Paulo.