Nesta semana, tive acesso a boas notícias. A primeira, que registro, foi a liberação da divulgação de uma pesquisa realizada pelo Instituto Índice, que coloca meu nome em segundo lugar entre os pré-candidatos na disputa à Prefeitura de Piracicaba. Um adversário de direita havia conseguido inicialmente impedir a divulgação, mas a vitória judicial foi nossa. O detalhe, importantíssimo, é que a pesquisa registrou que sou a única pré-candidata em crescimento. Se o Partido dos Trabalhadores, ao qual coloquei meu nome à disposição, homologar a candidatura, poderemos apresentar nossas ideias e propostas para melhorar o nosso município.

A segunda grande notícia, importante para a nossa democracia e para a justiça brasileiras, foi a decisão da Câmara dos Deputados de manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, um dos acusados de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro.

Lamentavelmente, não foi uma decisão unânime, como acredito que deveria ser. Foram 277 votos a favor, 129 contra, 28 abstenções. Adivinhe, leitor, leitora, quem votou pela soltura? Não é necessário esforço, não é mesmo? Todos bolsonaristas. Claro, são aqueles que comemoraram o assassinato, que quebraram placas com o nome de Marielle, que a ofenderam tantas vezes depois de morta. Eles têm representantes e estão presentes em Piracicaba, em todas as cidades e comunidades do nosso Estado. Temos todo o direito de exigir explicações deles e daqueles que os apoiam. Com justiça, democracia, vidas humanas, não se brinca.

Também estou contente com a postura altiva da maioria dos ministros do nosso Supremo Tribunal Federal frente à arrogância ultradireitista do bilionário Elon Musk. Este senhor não é bem-vindo, depois de tatos ataques à democracia no mundo e também no Brasil. Ser dono de uma das mais poderosas empresas big techs do mundo não o torna um cidadão acima das leis e não o autoriza a desafiar a soberania, a Constituição e a suprema corte do nosso país. Impedir a proliferação de mentiras e de conteúdos que podem levar à violência nas escolas, feminicídios, tentativas golpistas, atentados e outros crimes não é censura, é preservação da vida e dos direitos. Se ele não gosta do nosso país, pode retirar seus negócios daqui.

Nesta quinta-feira, reencontrei também minhas colegas professoras, meus colegas professores, estudantes, pais e lideranças que estiveram em Piracicaba na Caravana por Educação e Serviços Públicos de Qualidade no Estado de São Paulo que, desde o dia 2 de abril, percorre todas as regiões do estado, com diversos ônibus adesivados. Sim, estamos discutindo a greve dos professores, que poderá ser decretada na assembleia de 26 de abril, em São Paulo. Se discutimos a greve, é porque já não é mais possível ficarmos passivos diante de tantas injustiças, salários baixos, escolas em precárias condições, assédio e autoritarismo. E ainda há o desemprego de milhares de professores temporários, enquanto temos estudantes sem aulas.

A Caravana também está denunciando a Proposta de Emenda à Constituição 9/2023, do governador Tarcísio de Freitas, que corta R$ 10 bilhões da Educação. Como deputada, juntamente com a mobilização semanal dos professores, estudantes e movimentos sociais, estamos conseguindo impedir a aprovação deste projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa. Se for aprovado, ainda passará por outras comissões e nossa luta vai continuar. Precisamos do apoio da sociedade.

Continuamos nossa caminhada, com fé, determinação e disposição para lutar e vencer, felizes por termos no comando do nosso país um lutador, estadista e democrata da qualidade único do nosso presidente Lula.