Convocada por um conjunto de entidades do setor público, entre elas a APEOESP, centrais sindicais, sindicatos dos trabalhadores das estatais, com apoio de entidades estudantis e movimentos sociais, totalizando mais de 50 organizações, a greve estadual do funcionalismo e trabalhadores de empresas estatais ameaçadas de privatização ocorre no dia 28 de novembro, com a realização de uma grande manifestação às 15 horas na Assembleia Legislativa.
A greve se tornou necessária e irreversível em função da multiplicidade de ataques do governo Tarcísio de Freitas aos serviços públicos, aos direitos dos servidores e da população. As 50 entidades que até o momento participam do Grito pelos Serviços Públicos de Qualidade e Direitos do Funcionalismo no Estado de São Paulo estabeleceram uma pauta mínima unificada que conta com os seguintes pontos centrais:
- Lutar contra o corte de 10 bilhões nas verbas da Educação (redução de 30%, para 25% a dotação orçamentária do setor).
- Lutar contra a privatização da SABESP.
- Lutar contra as anunciadas privatizações do Metrô e da CPTM.
- Lutar contra a reforma administrativa, elaborada em gabinetes do Governo do Estado, sem nenhum diálogo com o funcionalismo, que institui o pagamento por subsídio (e não mais salário) e aponta para novas etapas de desmonte dos serviços públicos e dos direitos dos servidores.
- Lutar contra terceirizações e privatizações nos serviços públicos.
- Lutar contra demissões de lideranças sindicais, assédio moral e autoritarismo no setor público.
- Cobrar a readmissão de lideranças metroviárias demitidas em razão das últimas paralisações do metrô em São Paulo.
Esse conjunto de ataques do Governo Tarcísio de Freitas se faz, em grande medida, com a apresentação de projetos de lei na Assembleia Legislativa, razão pela qual as entidades realizarão a manifestação no dia 28 de novembro, às 15 horas, em frente ao parlamento paulista, no sentido de dialogar com os deputados e pressioná-los a não aprovarem esses projetos do governo.
Além da pauta comum, cada segmento levará suas questões específicas e alguns segmentos poderão decidir pela continuidade ou não da greve.
A Educação, principal serviço público, que interessa ao conjunto da sociedade, representa instrumento de desenvolvimento e soberania para o país e abre efetivas perspectivas de futuro para nossas crianças e jovens, não pode perder R$ 10 bilhões. O Estado de São Paulo e o Brasil ainda precisam investir muitos recursos para que possamos atingir um padrão de qualidade necessário aos interesses, expectativas e necessidades da nossa população. Por isso, estamos nos empenhando na coleta de 300 mil assinaturas em Proposta de Emenda à Constituição de iniciativa popular para que a dotação de 30% seja mantida.
Nossa luta por uma universidade federal em Piracicaba também prossegue. Continuamos trabalhando junto ao Ministério da Educação e outros órgãos do Governo Federal para que esse sonho se torne realidade, com a União encampando o Campus Taquaral da UNIMEP, atualmente desativado.
A Região Metropolitana de Piracicaba, com 24 municípios, mais de 1,5 milhão de habitantes, 50 mil jovens formados no ensino médio todos os anos e sua crescente importância econômica, social, tecnológica, cultural e turística, necessita e merece uma instituição federal e ensino superior.