A pouco mais de 80 dias para as eleições, o Brasil vive um clima de crescente esperança em um futuro melhor, dentro de um presente cada vez mais difícil e desafiador.

As pesquisas continuam a indicar que o ex-presidente Lula é o preferido da maioria dos brasileiros para governar o nosso país a partir de 2023. Mas nada mais enganoso do que imaginar que a disputa está decidida. O adversário dos brasileiros, encastelado no Palácio do Planalto, não para um minuto de tramar novas artimanhas, ameaças, fakenews e manobras orçamentárias para tentar ludibriar o povo e usar a máquina do Estado para seus objetivos eleitorais. É necessária toda a atenção e muita mobilização.

Depois do episódio em uma manifestação de apoio a Lula em Uberlândia (MG), quando um drone lançou urina e fezes, sem, no entanto, atingir manifestantes, no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 7 de julho, um artefato explosivo foi jogado na área do ato. Desta vez também ninguém foi atingido. São tentativas primárias de intimidação, por parte de quem está desesperado diante da perspectiva de perder as eleições. Não vão nos calar. Tampouco vão impedir o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” de continuar levando milhares de pessoas às ruas por onde passa.

No Estado de São Paulo, está colocada a inédita possibilidade de rompermos com quatro décadas de governos que tiram direitos da classe trabalhadora, aplicam a concepção de Estado mínimo e destroem os serviços públicos, desvalorizando e perseguindo os servidores. O professor Fernando Haddad lidera as pesquisas de intenção de voto, agora ainda mais favorecido pelo fato de o ex-governador Márcio França ter se somado à sua coligação, como pré-candidato ao Senado. É como essa turma que estou, como pré-candidata a deputada estadual.

Também em São Paulo não podemos deixar de considerar a força dos adversários, um deles respaldado pelo governo federal e o outro pelo governo estadual. No caso de Tarcísio Freitas, apoiado por Bolsonaro, pesa neste momento suspeita de irregularidade na declaração de domicílio eleitoral no estado. No caso de Rodrigo Garcia, tenta de diferenciar de João Doria, aquele que foi rejeitado pelo próprio PSDB. Acontece que foram unha e carne durante mais de três anos e Rodrigo Garcia fez parte de todos os ataques e do desmonte das políticas públicas paulistas.

Tanto é assim que no recente programa Roda Viva da TV Cultura, onde foi entrevistado, Garcia foi questionado sobre o confisco salarial dos aposentados e pensionistas imposto pelo governo que agora chefia e prometeu acabar com tal injustiça, mas só no ano que vem. Parece Bolsonaro, que quer aprovar o aumento do valor do Auxílio Brasil, mas só até dezembro.

É esse tipo de política que nós queremos mudar, para que o Brasil possa voltar a acreditar nas instituições, para que o povo volte a ter oportunidades de emprego, renda, educação, saúde, cultura, lazer e que, no estado de São Paulo, seja possível desenvolver programas e serviços voltados à população que mais precisa, hoje abandonada pelo poder público.

Nada disso irá ocorrer sem o engajamento de cada um/a de nós. Todo mundo pode contribuir de um jeito ou de outro. Encontre o seu.