Lembramos a comemoração do sesquicentenário da independência, em 1972, quando contávamos 12 anos, alunos de um ginásio estadual, em Porto Alegre-RS. Naquela época, não entendíamos muito bem a real história do Brasil! E entramos no clima de comemoração. Coração de estudante!
Passaram-se 50 anos e o Brasil não se tornou independente, livre, autônomo, porque seu povo não tem asseguradas suas liberdades democráticas nem garantidos seus direitos a uma vida digna.
No próximo dia 7 de setembro de 2022, não teremos o que festejar porque o país vive dias sombrios com ameaças de golpe contra a democracia, pois que há quem questione a legalidade das urnas eletrônicas, semeie o ódio e defenda o armamento da população.
Somos uma Nação na qual ou o povo morre de Covid e outras doenças ou é vítima de violência ou de fome e frio. Caminhamos para uma morte coletiva, um verdadeiro genocídio. As desigualdades sociais são monstruosas e têm raízes profundas e históricas.
Ainda somos um país subdesenvolvido dependente na economia em relação às grandes potências mundiais, razão pela qual o Brasil ainda é um forte importador.
Enquanto respirarmos a opressão e a miséria, o medo e a injustiça com milhões de pessoas sem ter o que comer, onde morar, no que trabalhar, acesso à saúde, às escolas, para estudar e cursos que preparem para inserção no mercado de trabalho, não se pode falar em independência.
O futuro de uma nação livre está na educação e formação das crianças e jovens aos quais deverão ser fornecidos instrumentos técnico-profissionalizantes, a fim de que o Brasii forme homens e mulheres de caráter e responsabilidade.
O processo de independência foi em nada pacífico, pois os bravos brasileiros tiveram que resistir aos portugueses inconformados. Talvez, tenhamos que prosseguir resistindo para existir como pátria livre.