Às vésperas do 7 de Setembro, quando o País vive um dos mais graves períodos da sua história recente, inclusive, com ameaças de golpe de Estado vindas do próprio Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento, nesta segunda-feira, 6, às 19h em ponto, por meio das redes sociais, em que resgata a esperança e a fé de que o “Brasil tem jeito”.

Lula disse ter fé e que “vamos reconstruir esse país, com justiça, soberania e oportunidades para nós, nossos filhos e netos”. Lula afirmou que “é possível reconstruir o Brasil, com força e a coragem do povo, para transformar a atual realidade, de ódio e destruição das riquezas nacionais, em um destino com soberania, paz e prosperidade”.

O ex-presidente que governou o País por oito anos lembrou que sempre procurou, durantes as comemorações do 7 de Setembro, trazer uma mensagem de esperança e boas notícias. Lula disse que, em seu tempo, o Brasil era um país onde “a vida das pessoas estava mudando para melhor”, lembrou. Recordou os índices de emprego crescentes, os aumentos reais dos salários, a entrada de jovens, negros e filhos de trabalhadores nas universidades. “As oportunidades se abriam para quem precisava ter uma chance”, disse.

Lula também enfatizou qual seria o papel de um presidente da República: manter acesa a confiança da população no presente e no futuro, mostrar que é possível superar os obstáculos. “Um presidente tem de saber somar forças para governar, porque dele vem o exemplo”.

O pronunciamento de Lula também abordou a crise econômica que o país assiste; a volta da fome, a explosão do desemprego e da inflação. Fez uma crítica mordaz a Bolsonaro, sem citá-lo, quando da sua falta de empatia e solidariedade com o sofrimento do povo. “Ao invés de somar, estimula a divisão, o ódio e a violência. Definitivamente, não é isso que o Brasil espera de um presidente”.

Lula disse que era de se esperar um gesto de solidariedade às famílias vítimas da pandemia e viesse anunciar um plano para garantir a vacina para todos, um anúncio de plano para gerar empregos, que a Petrobras voltasse a vender gasolina pelo custo real e não pelo preço do dólar.

Na avaliação de Lula, “o Brasil andou pra trás porque o governo federal parou de investir no crescimento e nos programas sociais”, disse. “Cortaram as verbas das escolas, dos hospitais, da agricultura familiar, encolheram o Bolsa Família. Nenhum país do mundo vai para frente sem investimento público”, segundo Lula. Para o ex-presidente, o pobre precisa estar no Orçamento e o rico no Imposto de Renda.

Para finalizar, Lula enfatizou que a fome, a pobreza, o desemprego e a desigualdade são resultados de erros que podemos e devemos corrigir. “Tenho fé que vamos reconstruir esse país, com justiça, soberania e oportunidades para nós, nossos filhos e netos”, encerrou o ex-presidente.