Diego Maradona morreu, nesta quarta-feira, 25 de novembro, aos 60 anos de idade, em sua casa, em Tigre, cidade vizinha a Buenos Aires.

O lendário jogador sentiu-se mal pela manhã e teve uma parada cardiorespiratória. Os paramédicos não conseguiram reanimá-lo.

Diego Armando Maradona Franco, este é o nome completo de um dos maiores jogadores de futebol da história. Por muitos anos, também foi alvo de manchetes sobre seu vício em drogas. Em uma entrevista, Maradona revelou que começou a usar entorpecentes em Barcelona, Espanha, no início dos anos 80. “Tinha 24 anos quando consumi pela primeira vez, foi o maior erro da minha vida”, disse.

Diego não era apenas um dos maiores do futebol. Era um gênio. Foi o autor dos dois gols mais antológicos e simbólicos da história da bola. Ambos na mesma partida contra a Seleção da Inglaterra, válido pela Copa do Mundo de 1986. O primeiro, conhecido como “La Mano de Dios”, quando ao disputar a bola com o zagueiro, desviou sua trajetória com a mão direita, bem a altura da cabeça, enganando o árbitro, que validou o gol. Quatro minutos depois, o segundo. Maradona driblou 5 jogadores adversários, inclusive o goleiro, antes de marcar. A Argentina se consagraria Campeã do Mundo.

Política

O lendário jogador argentino também tinha engajamento político de forma ativa. Sempre procurou relacionar-se com lideranças de esquerda da América Latina. Em 2016, dias antes da votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, Maradona escreveu, “1 soldado de Lula e Dilma”. Tirou fotos com Lula, Fidel Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Cristina Kirchner e Nicolás Madura, além de Vladimir Putim.

O brasileiro ainda guarda na memória as saudosas manhãs esportivas de domingo, quando torcíamos e vibrávamos por Ayrton Senna nas pistas da Fórmula 1 e com a dupla Maradona e Careca nos gramados defendendo a equipe italiana do Nápoli.

Obrigado, Don Diego, por nunca se esquecer de sua origem pobre e por mostrar a importância de se posicionar fora de campo.

Saudoso por onde passou, o polêmico e genial jogador deixou seu nome eternamente história do futebol.

Conquistas

Saudoso por onde passou, o polêmico e genial jogador deixou seu nome eternamente gravado na história do futebol, com 345 gols, em 680 jogos. São 12 títulos conquistados coletivamente, além de uma série de honrarias pessoais que recebeu ao longo de seus 21 anos de carreira.

 

Pelo Boca Juniors (Argentina), conquistou o campeonato argentino (metropolitano) em 1981. Pelo Barcelona (Espanha), ganhou a Copa do Rei, a Copa da Liga Espanhola e Supercopa da Espanha, em 1983; pelo Nápoli (Itália), conquistou o Campeonato Italiano em 1987 e 1990, a Copa Itália, em 1987; a Copa da UEFA, em 1989 e a Supercopa da Itália, em 1990.

Pela Seleção Argentina, Maradona ganhou a Copa do Mundo, em 1986.

Ganhou também o Troféu Artemio Franchi, em 1993; o Campeonato Mundial Sub-20, em 1979. Maradona ainda ganhou os prêmios individuais Fifa 100 (2004), o de Melhor jogador da Copa do Mundo da Fifa (1986) e escalado para a Seleção Argentina de Todos os Tempos, em 2016.