Professores farão uma carreata em “defesa da vida e contra a volta às aulas presenciais”, nesta quinta, às 10 horas. A concentração será no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, e de lá a carreata dos professores, em greve desde 8 de fevereiro, seguirá até a Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

O protesto é contra a iniciativa do governador João Dória que anunciou, nesta quarta, que o estado entraria na fase vermelha por duas semanas, a depender da evolução das infecções, número de mortes e ocupações nas UTIs. Na fase vermelha, apenas as atividades essenciais funcionam. Dória recusou-se a decretar o fechamento das escolas que, segundo a presidenta do Sindicato dos Professores da Rede Estadual, a APEOESP, a Deputada Estadual Professora Bebel, “é inaceitável”. Em nota, a APEOESP diz que “após um discurso sobre a necessidade de defender a vida, em tom eleitoral, João Doria anuncia que as escolas continuarão abertas”. Vale lembrar que nesta terça-feira, 2, o secretário de Saúde do Estado, Jean Carlo Gorinchteyn, recomendou que as aulas presenciais fossem interrompidas para evitar a disseminação da Covid-19.

A APEOESP já contou mais de 1800 casos de infecção nas escolas, mas o Secretaria de Educação recusa-se a divulgar o número de casos confirmados da doença.

"Não há sequer transparência com os dados. Nós estamos monitorando e cobrando as autoridades competentes. Sem fechar as escolas, mantendo milhares de professores e funcionários e milhões de estudantes circulando todos os dias, muitos em transportes públicos, Doria e seu secretário de Educação se revelam como são: inimigos da vida", diz a presidenta da APEOESP.