Triste data vivemos neste 12 de maio, terça-feira passada. Há quatro anos, em 2016, o Brasil vivia a maior farsa política da história do País: o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo por ter efetuado uma operação contábil normal (quando você pede emprestado um grana para alguém a fim de pagar um dívida, contando que, ao receber uma quantia esperada, você pague a quem te emprestou. Quem já não fez isso na vida?). Essa operação ficou conhecida como “pedalada fiscal”. Com o impeachment de Dilma, Michel Temer assumiu a presidência da República num gesto obscuro de traição contra a democracia e contra a Constituição do País.

A farsa do impeachment foi revelada logo em seguida com a divulgação de áudios entre o então senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o empresário, ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que revelaram que o afastamento deveria acontecer para “estancar a sangria da Lava Jato” e envolver “o Supremo (STF) com tudo!!!”.

De lá para cá, o caos se estabeleceu e o Brasil já é considerado um pária internacional e caminha para a irrelevância no mapa global, com a fome da população mais carente assombrando novamente.

Empresas de engenharia foram dizimadas, cadeias produtivas destruídas, como a do óleo, do gás e da indústria naval. O verde-amarelo é associado ao fascismo e a Hitler e Mussolini. Uma vergonha.

 

Silvia Linhares

Professora de História, Arquivista e Produtora Cultural