O Brasil já é o segundo país no mundo com mais mortes por Covid-19. São 48.954 brasileiros mortos e 1,032 milhão de infectados, de acordo com os números da norte-americana Jonh Hopkins University. Os Estados Unidos lideram este triste ranking.

Entre os estados brasileiros, São Paulo é a unidade da federação que mais registrou casos e mortes no país. Em seguida vem Rio de Janeiro, Maranhão e Minas Gerais, pela ordem.

Por outro lado, Fortaleza,CE, uma das capitais líderes da taxa de mortalidade, já começou a registrar queda no número de internações, infectados e mortos pela doença.

No último dia 7 de junho, a capital cearense não registrou nenhuma internação de pacientes com a Síndrome Respiratória Aguda. Apesar dos números altos, estudos confirmaram uma redução no ritmo da pandemia, talvez, porque o pior já tenha passado, embora longe de ser resolvido. Isso só foi possível, porque Fortaleza, logo que os primeiros casos começaram, isolou-se completamente por 50 dias, boa parte dele em lockdown, iniciado no dia 8 de maio. A capacidade de atendimento do sistema de saúde cearense que havia se esgotado, no início da pandemia, registrou uma queda da taxa de ocupação dos leitos de UTI, de 85% para 75% e a ocupação dos respiradores caíram; 60% estão livres. Mas, isso não implica no relaxamento dos cuidados. O risco de contaminação ainda é alto e por isso, não houve incentivo do governo pela volta ao trabalho.

Mas em São Paulo...

Contrariando a lógica, o bom senso e a opinião pública que, de acordo com pesquisa Ibope, divulgado na última terça-feira, 9, 67% dos paulistanos não querem a abertura do mercado agora. Mas, o governador João Dória Jr (PSDB) insiste em continuar com a abertura das atividades econômicas. Certamente, terá que seguir os passos de alguns dos seus correligionários que foram obrigados a fechar novamente o mercado, depois de flexibilizá-lo.

Em Porto Alegre, RS, o prefeito Nelson Marchezan (PSDB), teve que parar a flexibilização que promovia na capital gaúcha, porque a ocupação dos leitos de UTIs aumentou 78,5%.

No Rio de Janeiro, a Justiça anulou trechos de decretos assinados pelo governador Wilson Witizel (PSC) e pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que flexibilizavam o isolamento social. Há áreas no estado do Rio que necessita de bloqueio total, de acordo com estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ).

No Distrito Federal, as cidades de Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e Estrutural, que têm os maiores índices de casos da Covid-19 permanecerão com as atividades essenciais e não essenciais fechadas.