Após mais uma demonstração de desprezo pelo sofrimento da população brasileira, ao insultar 6,6 milhões de vítimas da pandemia e seus familiares e os quase 179 mil mortos, em uma sonora gargalhada em um vídeo divulgado nesta quarta, 9, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello assinaram atestado de que não têm a menor ideia do que fazer para planejar a imunização da população brasileira, agora que, pelo menos duas vacinas estão sendo testadas e já aplicada em vários países do mundo; a CoronaVac, fabricada pela chinesa SinoVac e o Instituto Butantan; e a vacina da Pfizer.

Pazuelo assumiu a pasta da Saúde em maio e o Brasil tinha à época 15, 6 mil mortos. Quase 9 meses depois, já somam 179 mil. E ainda não há nenhum planejamento plausível de vacinação em massa.

A irresponsabilidade já chegou ao limite. Ainda se houvesse uma política, ainda que discutível, para enfrentar a crise, vá lá, mas nem isso. Ao contrário, Bolsonaro age exatamente na contramão, negando-se a seguir as orientações médicas e da ciência. Quaisquer iniciativas vindas de governadores ou prefeitos são prontamente execradas. Conclusão: relaxamento nas medidas de prevenção e novo colapso nas redes públicas e privadas de saúde.

Por incompetência, os brasileiros ficarão pra trás na vacinação. Para agravar, governadores como o de São Paulo e o prefeito, recém eleito da cidade de São Paulo, esconderam da população que a segunda onda da Covid-19 já era uma realidade antes da pandemia. Esperaram passar as eleições para anunciar a volta do Estado à fase amarela. Um verdadeiro “estelionato eleitoral”.

Por outro lado, a crise econômica também recrudesce. Os preços dos produtos de primeira necessidade disparam nos supermercados, o desemprego bateu recordes, ao mesmo tempo que o Auxílio Emergencial, (aprovado pela oposição ao governo Bolsonaro) será extinto. A violência contra pobres, mulheres e negros é assustador. O meio ambiente está sendo destruído. As milícias tomam conta do país.

O brasileiro não merece passar por isso. É hora de dar um basta.