A diretoria do sindicato dos servidores públicos da Capital, Sindsep, em nota, diz que há mais de duas semanas vem tentando reunir informações, junto aos servidores dos hospitais e prontos socorros públicos, sobre a variação do número de internações e de óbitos por Covid-19, mas está encontrando “enormes dificuldades, porque as UTIs e enfermarias que cuidam dos doentes pela Covid-19 estão sob controle de empresas terceirizadas, as chamadas Organizações Sociais da Saúde (OSS), que, segundo o Sindicato, não têm nenhum compromisso com a transparência das informações”.

O Sindicato confirmou que houve aumento considerável do número de mortes por Covid-19 nos hospitais municipais Tide Setúbal, no Itaim Paulista (Zona Leste), no Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara (Zona Sul), no Prof. Dr. Waldomiro de Paulo, em Itaquera (Zona Leste), no Pronto Socorro Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros, no Grajaú (Zona Sul) e no inacabado Hospital Municipal Josanias Castanha Braga, em Palhereiros, entre outros. “A própria série histórica do Boletim Diário Covid-19 no município de São Paulo, demonstra que há aumento no número de mortes nas últimas três semanas (de 93 para 123 mortes).

A nota do Sindicato acusa o governo de Bruno Covas de esconder esse aumento do público. Para o Sindicato “não há nenhuma necessidade de retroceder na flexibilização da quarentena”, alerta o Sindicato.

Por outro lado, o Sindicato diz ter encaminhado um ofício ao Secretário Municipal de Educação, Bruno Caetano, contra a reabertura antecipada das escolas do ensino básico e fundamental. Foi constatado na última quinta-feira, dia 19, a contaminação por Covid-19 de dois servidores na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, no bairro de Cidade Tiradentes (Zona Leste); o coordenador pedagógico e um auxiliar técnico educacional.

O Sindsep quer a imediata suspensão das atividades da escola, bem como exige a testagem de todos os servidores da unidade e que se retome o isolamento social na Capital, “uma vez que não há um protocolo definido pela Secretaria Municipal de Educação que garanta a saúde e segurança de todos os servidores”, diz a nota.

Vale lembrar que a gestão Covas desestruturou a Covisa (Companhia de Vigilância Sanitária), responsável pela vigilância epidemiológica na Capital.