Apesar de alguns analistas da grande mídia insistirem que a esquerda está fadada ao fracasso nessas eleições, os números das pesquisas eleitorais mostram o contrário. Indicam que candidatos à reeleição ou apoiados pelo governo federal estão caindo na preferência do voto a cada pesquisa divulgada e, ao mesmo tempo, os candidatos da esquerda, apoiados sobre tudo pelo PT ou pelo PSOL, estão subindo.

Em 11 capitais, a esquerda tem chances claras de vencer as eleições se passar para o segundo turno. Exemplos são de Manuela D'ávila (PCdoB), primeira colocada nas pesquisas pela disputa da Prefeitura de Porto Alegre, RS; de Edmilson Rodrigues (PSOL), Belém, PA; de João Coser (PT), que lidera as pesquisas em Vitória, ES.

Aqui pertinho, em Guarulhos, Elói Pietá (PT) está na frente e pode ganhar no segundo turno. Assim como Filippi (PT), em Diadema, que pode levar já no primeiro turno.

São Paulo

Na capital, a disputa é acirrada. O candidato de Jair Bolsonaro, Celso Russomanno, vem caindo nas pesquisas. Tentou até proibir que o DataFolha divulgasse pesquisa que indicaria a sua queda. Não conseguiu. E não só o DataFolha, mas a pesquisa XP/Ipesp, divulgada nesta quinta, 12, também trouxe a queda de Russomanno, de 20% para 12%.

No caminho oposto, a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) vem subindo e já aparece em segundo lugar com 15%, somente atrás de Bruno Covas. Analistas observam, contudo, que a candidatura de Jilmar Tatto (PT) também ganhou fôlego nesses últimos dias.

Democracia

O CCN Notícias acredita que é necessário e urgente o país constituir uma ampla frente democrática para que seja possível recuperar os direitos consagrados na Constituição Federal; o direito à moradia, ao trabalho, à saúde e à educação, entre outros. É inaceitável, diante de tanta riqueza, a convivência com a miséria, com a fome, com atraso tecnológico, com o preconceito, o machismo, o estupro, a violência gratuita, a ideias retrógradas e cientificamente descartadas. A desigualdade social provocada pela péssima distribuição de renda e de oportunidades deve ser combatida com todas as forças.

Nós, progressistas, devemos nos insurgir nestas eleições contra a resistência das elites que não admitem a ascensão do pobre a melhores meios e condições de vida.

A união entre as forças progressistas não acontece, necessariamente, com a rendição desta em detrimento daquela. As forças populares devem marchar unidas e com diálogo constante. Seja agora, no próximo domingo, dia 15, seja daqui a dois anos.