O Comitê Popular dos Bancários de São Paulo com Lula realizou há duas semanas o lançamento da campanha contra a alta do custo de vida no Brasil. O protesto aconteceu na Zona Norte, em frente a agência da Caixa Econômica Federal (CEF) Filhos da Terra, no Jardim Fontales.
Já na semana passada, foi realizada nova panfletagem na ZN, desta vez no Largo do Japonês, na Vila Cachoeirinha. Os protestos fazem parte da campanha contra a carestia que assola o Brasil. Às quartas-feiras são realizados atos na Zona Leste, como o que ocorreu no Terminal São Mateus, no dia 27 de julho.
No diálogo com a população, os participantes constataram a dura realidade e o tamanho da tragédia social que afeta milhares de famílias, principalmente, as que moram na periferia.
Milhares de mulheres brasileiras, sobretudo as que são chefes de família, sentem no bolso e no orçamento familiar o aumento absurdo do custo de vida.
A inflação voltou a assombrar os lares brasileiros. O índice acumulado em um ano já passa dos 10%. Essa disparada na inflação não ocorria no País há mais de 20 anos.
Não há um produto alimentício que não tenha registrado preço majorado nos últimos três anos. O leite, arroz, carnes bovina e de frango, óleo e até mesmo os legumes estão com os preços nas alturas.
Os carrinhos de compras dos supermercados estão cada vez mais vazios na passagem pelos caixas.
Para piorar a situação na hora de colocar os alimentos para cozinhar no fogão outra dificuldade: o preço do botijão de gás de 13 quilos já está em R$ 150,00. Os preços dos combustíveis cotados em dólar puxam os índices para cima.
Com o desemprego batendo recordes, o fato triste é que 33 milhões de brasileiros hoje passam necessidade, sem ter o que colocar na mesa para comer.
Essa dramática situação não poderá ser superada apenas com atitudes de solidariedade, que são importantes sim. Há necessidade urgente do resgate das políticas públicas e de uma nova política econômica para o País.
O novo modelo deve promover crescimento, geração de milhares de empregos com carteira assinada e valorização de renda dos trabalhadores e trabalhadoras.
O Brasil, país rico e invejável em recursos naturais, não pode deixar que seu povo fique à margem do desenvolvimento econômico e social.
A esperança de prosperidade e de dias melhores deve ser para todos e todas. Só assim estaremos perto do marco civilizatório.